Da redação – A futura “Ministra dos Latifúndios” (Agricultura), Tereza Cristina (DEM-MS), foi denunciada por receber doações de campanha de um fazendeiro acusado de ser o mandante do assassinato do líder indígena Marcos Veron. O valor foi repassado em forma de cheque de R$ 30 mil, assinado por Jacintho Honório da Silva Filho, que foi registrado no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) na data de 30 de setembro de 2014, quando a “musa do veneno” concorria para a Câmara pelo PSB.
O assassinato cometido em 2003 levou tempo para transformar o latifundiário assassino em réu, como vemos todos os dias na perseguição e genocídio dos povos guarani-kaiowá, que lutam há décadas por demarcação de terras no Mato Grosso do Sul.
Ainda sobre este caso, que se assemelha a tantos outros onde os fazendeiros contratam pistoleiros, em grande parte policiais – na ativa ou afastados, como no caso de Pau D’Arco no Piauí -, militares do exército, jagunços de todo o tipo, para torturar, tacar fogo nas casas e depois sumirem sem deixar rastros. Foram condenados a 12 anos e 3 meses de prisão três homens, acusados de sequestro, tortura e formação de quadrilha, porém, não absolvidos pela justiça burguesa pelo crime de homicídio. Vale ressaltar que são 21 réus que nunca foram julgados até hoje, incluindo o fazendeiro mandante, um PM e um capanga que teria espancado Veron, que se entregou após 12 anos foragido. Todos, é claro, negam os crimes.
Esses fazendeiros, organizados na “bancada ruralista” do Congresso, são verdadeiros milicianos, comandados nacionalmente por Ronaldo Caiado, criador da UDR (União Democrática Ruralista), que, em nome da “democracia”, estão há décadas matando a população do campo – índios, negros e camponeses do MST.
Tereza Cristina é mais uma representante dos golpistas dentro do governo, explicitando todas essas alianças dos que derrubaram Dilma Rousseff em 2016 pela luta contra corrupção e o nível de podridão que esses direitistas representam em nossa sociedade.
É preciso combater na mesma medida, organizar comitês de autodefesa contra o avanço dos golpistas.