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Crise na América Latina

Ministra da Saúde do Peru renuncia após escândalo na vacinação

Ofensiva imperialista combinada com política genocida para pandemia abrem nova frente de crise no Peru

Mais um país latino-americano convulsionado pela crise no imperialismo, o Peru viu a renuncia da ministra da Saúde, Pilar Mazzetti,  após denúncia de que o ex-presidente peruano, Martín Vizcarra, fora vacinado quando ocupava a chefia de Estado do país andino, meses antes da população. A nova frente de crise foi aberta na quinta-feira (11), quando um jornal publicou que Vizcarra teve acesso a vacina contra a covid-19 ainda no mês de outubro, poucas semanas antes de sofrer um processo de impeachment. A vacinação no país começou apenas nesta terça-feira (9) e até o momento, é restrita aos profissionais da saúde.

Mazzetti declarou ao Congresso na quinta-feira que não tinha “nenhum conhecimento” do caso do ex-presidente. “Não me foi informado que o senhor Martín Vizcarra recebeu a vacina, ele, sua esposa e outro familiar”, defendeu-se. Seu sucessor, será o quinto ministro a ocupar a pasta desde que a pandemia fora oficialmente notificada no Peru pela primeira vez, em março de 2020. Já o ex-presidente defendeu-se alegando ter sido voluntário no teste da vacina chinesa da Sinopharm, ocorrido em outubro. Vizcarra fora derrubado em 9 de novembro.

O caso mostra que o país contiinua sob grave crise política. Atualmente presidido por Francisco Sagasti, o burocrata, ex-executivo do Banco Mundial, só assumiu a chefia de Estado após uma crise derrubar o sucessor de Vizcarra, o latifundiário Manuel Merino. Após a acensão de Sagasti, em meados de novembro, não houveram novas trocas na presidência mas a situação política do Peru continua sob alta instabilidade.

Há ainda um elemento extra muito perceptível na crise peruana: a falta de ações concretas para pôr um fim à tragédia da pandemia. Estivesse o país com a situação sanitária sob controle e com vacinas acessíveis às massas, um presidente furando fila para vacinar-se dificilmente seria mais do que um caso anedótico. Contudo, a escassez de vacinas aliado à dificuldade de acesso pelos países atrasados -e principalmente, suas populações paupérrimas- serviram como combustível para que o Peru voltasse, novamente, a uma situação explosiva.

Pressionado pelo imperialismo, como os demais países da América Latina, o Peru vive uma crise sem fim, que só pode ser superada pela pacificação brutal imposta pela burguesia contra as massas cada vez mais radicalizadas, ou uma mobilização popular forte o bastante para acabar com a submissão imperialista no país.

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