Sem risco de estar cometendo qualquer exagero, podemos afirmar que nunca houve, na história recente deste País, um governo (fruto de um golpe) que atacasse de forma tão brutal e violenta a categoria dos servidores públicos.
Desde o golpe do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional (cuja o atual legislatura ostenta o título de ser a mais reacionária de todos os tempos) e, em consequência culminou com a fraude das eleições de 2018, onde elevou ao cargo máximo do país um fascista, as instituições burguesas, Executivo, Legislativo e Judiciário, desencadeiam um verdadeiro bombardeiro contra a categoria de servidores públicos, elegendo todo o funcionalismo como “bodes expiatórios”de sua política de terra-arrasada contra tudo o que é público nesse país.
Passado um pouco mais de 600 dias de agonia e sofrimento do governo ilegítimo Bolsonaro, a categoria dos servidores viu extinguir-se, dia após dia, todos um elenco de direitos e conquistas adquiridos ao longo de anos de mobilizações e lutas (fim de Ministérios e secretarias, quebra da estabilidade, terceirizações, congelamento salarial, demissões, etc.) tendo como resultado um profundo retrocesso em suas já precárias condições de vida e trabalho.
Nesse sentido um dado, divulgado pelos órgãos de imprensa, que chama a atenção: o número de servidores, principalmente da área de saúde, que pediram as suas aposentadorias.
São cerca de 11 mil servidores que se aposentaram neste ano até agora, sendo que mais de 3 mil são da área de saúde, o órgão que mais registrou a saída de servidores, com 161 aposentadorias na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com 79 e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária( Anvisa) 26, o que caracteriza, além dos ataques que estão sendo desferidos aos servidores públicos de forma geral, os servidores saúde estão sendo duramente atingidos com o total descaso do governo em se tratando de Pandemia, o que tem levado a óbito centenas de trabalhadores na área.
Esse é mais um dado das consequências dos ataques do governo, que exige uma resposta de conjunto de todos os servidores. É possível fazer que a categoria ganhe novamente as ruas, enfrente e derrote o governo. Entretanto