Nesta semana foi divulgado um documento, realizado pelo Ministério da Saúde, que visa a extinção do termo “violência obstétrica”. Este é definido, mundialmente, como qualquer ato, ou intervenção, direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera (que deu à luz recentemente), ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências.
É sabida a condição de opressão a qual a mulher é submetida pelo sistema capitalista. Nesse sentido, durante o tratamento médico, a realidade não é diferente. Muitas mulheres são tratadas com total brutalidade pelos profissionais da área da saúde, em um momento bastante significativo de suas vidas.
Segundo o Ministério da Saúde o termo deve ser abolido, uma vez que, segundo a Organização Mundial da Saúde, a violência obstétrica é definida como o “uso intencional da força ou poder que possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico…”. Para o relator do projeto, Ademar Carlos Augusto, essa constatação é errônea, uma vez que, segundo ele, “tanto o profissional da saúde quanto o de outras áreas não tem a intencionalidade de prejudicar ou causar dano”.
Porém a realidade demonstra que, em muitos casos, há sim intencionalidade em expor as parturientes a situações de extremo constrangimento. Seja com procedimentos médicos totalmente desnecessários, como a episiotomia (incisão efetuada na área muscular entre a vagina e o ânus para ampliar o canal de parto), ou a negação da presença de um acompanhante no momento do parto. É, também, bastante comum que gestantes escutem frases como “pare de gritar e fazes escândalo”, ou “na hora de fazer o filho não reclamou”.
A política da direita é de total opressão as mulheres. Ao passo que a sociedade capitalista incuta sobre elas a obrigatoriedade de serem mães, pouco se importam com as condições das parturientes durante o procedimento de nascimento de seus filhos, não se importando, também, com a saúde física e psíquica delas e das crianças.
Nesse sentido é importante constatar que a libertação da mulher da condição de opressão só se dará com a derrubada total deste sistema de desigualdade, o capitalismo.
Como é possível perceber, a política dos golpistas é de completo massacre dos direitos da classe trabalhadora, em especial das mulheres. Nesse sentido é fundamental que os coletivos de mulheres se organizem em mobilizações populares, pedindo a derrubada imediata do presidente fascista -Jair Bolsonaro- e de todos os golpistas.