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Militares tomaram conta das instituições, é preciso mobilizar nas ruas

O regime político de conjunto está controlado pelos militares.

O raquítico governo de Michel Temer, empossado após um golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, eleita com mais de 54,5 milhões de votos, se ampara – desde a sua posse e cada vez mais – nas Forças Armadas que, inclusive, foram fundamentais para impedir a sua queda diante das investidas de setores fundamentais ligados ao imperialismo, que comandaram o golpe e estavam insatisfeitos com a incapacidade do governo de impor as medidas desejadas até as últimas consequências, como se viu – por exemplo – no caso da não aprovação da “reforma” da Previdência.

Os militares foram assumindo o controle de postos fundamentais, desde a o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que passou a ser o centro das operações dos militares no governo, passando pelo Ministério da Defesa, até outros órgãos acessórios, como a Secretária de Segurança e o comando da Polícia Federal, dirigidos por militares ou elementos de confiança por ele indicados.

No judiciário, o poder mais reacionário da República – que não tem seus membros eleitos ou sujeito a qualquer tipo de controle popular – e que se constituiu em dos pilares do regime golpista, a mão forte dos militares se expressou – entre outros – na nomeação do general Fernando Azevedo e Silva, ex-chefe do Estado-Maior, para a assessoria especial da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Faltava o Legislativo, onde os eram poucos os representantes das FFAA e elas tinha que realizar um trabalho constante de lobby junto aos partidos e políticos, em unidade com outros setores reacionários e golpistas, em torno de interesses comuns, como no caso do impeachment comprovadamente comprado da presidenta Dilma, na aprovação das “reformas” e no impedimento do prosseguimento dos processos contra Temer.

Agora, já não falta mais. Intervindo diretamente no processo eleitoral, os militares interviram no processo eleitoral e, nas eleições mais fraudulentas de toda a história do País, elegeram a maior bancada com integrantes oriundos das forças de repressão de todos os tempos: 72 segundo as contas dos próprios golpistas. Mas a “influência” desse setor tende a ser muito maior, e o “partido” dos militares será decisivo na eleição do comando da Câmara e do Senado.

A maioria das direções da esquerda manteve a ilusão de que a substituição de Lula (sob a ameaça de intervenção ameaçadora dos militares) por um candidato palatável à direita criaria condições para uma derrota da direita, de que o golpe e o fascismo poderia ser barrado por meio do voto. Tudo isso sob uma intensa pressão a favor da capitulação dos setores da esquerda que defendiam – há muito – o “plano b” (o abandono da candidatura de Lula e da mobilização pela sua liberdade).
Depois de defenderem o abandono de qualquer luta real contra o golpe, procuram alimentar a crença de que era possível derrotar nas urnas a direita fascista que apenas nas últimas semanas realizou cerca de 100 ataques contra militantes da esquerda, mulheres, negros, sem terras, homossexuais etc. em todo o País que, inclusive, já levaram à morte de dirigentes populares.
A ofensiva dos militares e do conjunto do regime golpista que eles sustentam não pode vir das urnas viciadas no próximo dia 28.
Será preciso recuperar o terreno e o tempo perdido. Organizar, por meio das organizações de luta dos trabalhadores, de milhares de comitês de luta contra o golpe, pela liberdade de Lula, por Lula Livre etc. um grande mobilização para sair às ruas e exigir a liberdade imediata da maior liderança popular do País, que seria capaz de, com sua liderança, unir toda a esquerda que luta contra o golpe (não apenas por votos), unir a imensa maioria dos explorados e suas organizações de luta, em um movimento gigantesco que aja, pelos meios necessários, para colocar a os militares no seu devido lugar, longe do Planalto, no controle dos poderes, comandando o País em favor dos interesses do grande capital estrangeiro e “nacional”. Nesta luta, a II Conferência Nacional Aberta de Luta contra o golpe e o fascismo deve ocupar um lugar importante.

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