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Duque: morte e assassinato

Militares estupram em massa indígena de 12 anos na Colômbia

A Colômbia é praticamente uma ditadura do imperialismo norte americano, que, junto com a burguesia local, impõe uma política de exploração, terror e sangue contra a população

A Colômbia se comove com estupro coletivo de menina indígena do povo Embera Chamí, por um pelotão do Exército composto de aproximadamente 30 militares. O Ministério Público (MP) averigua um grupo de oito soldados e a possibilidade de serem responsáveis pela crueldade. É para o que as primeiras investigações apontam até o momento. No distrito de Santa Cecilia, município de Pueblo Rico, no departamento de Risaralda, no centro do país, a Procuradoria Geral também assumiu uma investigação urgente sobre o abuso sexual ocorrido nesta segunda-feira.

Em comunicado o Exército informou que os militares pertencem ao batalhão de San Mateo, e que o deplorável fato foi denunciado às autoridades competentes assim que o comando tomou conhecimento do ocorrido. “É da maior gravidade e completamente reprovável o abuso sexual da menina indígena por parte de soldados, e denunciado em Pereira [capital de Risaralda]”, disse em suas redes sociais o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, ao anunciar que deu instruções ao Exército para que colabore com a investigação. “Os responsáveis merecem uma sanção severa”, concluiu.

Segundo relato das autoridades indígenas de Pueblo Rico, a menor de 12 anos vive em uma reserva da região, foi raptada no domingo e agredida “por um número indeterminável de soldados”. Encontrada na noite da segunda-feira perto de um colégio da região, a menor foi levada a um hospital. 

Esse estupro acabou esquentando ainda mais o debate em torno da violência contra os menores que vinha sendo feito. Foi, inclusive, em razão disso que o Congresso aprovou na semana passada uma reforma constitucional que permite a prisão perpétua para assassinos e estupradores de crianças, um velho desejo dos setores mais conservadores que contou com apoio decisivo do Governo de Iván Duque. 

Sem dúvida alguma, a manifestação de Duque é uma estratégia demagógica para explorar a situação e invertê-la para que fique a seu favor. É para aliviar a rejeição de seu governo, sofrida diante da desastrosa administração que vem fazendo no combate à pandemia da COVID-19, e que tem levado morte à população.

Mas, além do coronavírus, o povo pobre e desempregado também padece por não ter o que comer. Sem tomar medidas efetivas em defesa da população, muitos são despejados de suas moradias. Não bastassem esses problemas, uma crescente repressão e perseguição política com muita violência policial durante as inevitáveis manifestações organizadas em protestos contra toda essa desgraça, têm tentado conter a revolta crescente, e, principalmente, vitimado muitas lideranças dos movimentos que vem sendo mortos por assassinatos.

Várias organizações de direitos sociais e humanos, tanto colombianas quanto internacionais, têm denunciado a falta de proteção do governo principalmente nas áreas rurais, o que deixa o controle desses territórios nas mãos de grupos violentos.

Desde que foi ratificado o cessar-fogo entre as FARC e o governo colombiano em 2016, o número de mortos entre os camponeses e aqueles que os apoiam não para de crescer. O cessar-fogo era condicional, e com ele a deposição das armas pelas FARC. O problema é que o estado colombiano continua armado e, quando é para eliminar quem se opõe à sua política ditatorial e direitista, deixa o caminho aberto para que os grupos paramilitares façam o serviço sujo. 

A Colômbia é uma verdadeira ditadura da direita, que há décadas implementa uma política de terror contra os movimentos sociais, particularmente no campo. O pretexto utilizado sempre foi a segurança nacional e a necessidade de combater as guerrilhas. Contudo, após a finalização dos acordos de paz com as FARC e sua transformação em um partido político legal, o que se seguiu não foi a diminuição, mas o avanço dos assassinatos políticos contra seus membros, simpatizantes e candidatos às eleições.

Além de total subserviência ao imperialismo norte americano, e que mantém mantém cinco bases militares em território colombiano e possuem grande influência em todo o aparelho de repressão estatal, Ivan Duque se elegeu presidente da Colômbia nas eleições de junho de 2018 com o apoio do setor mais reacionário da classe dominante colombiana, estando conectado ao para-militarismo e ao narcotráfico, bem como aos interesses dos grandes criadores de gado.

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