Articulação ao golpe militar

Militares concordam com Bolsonaro

Entre declarações sutis e escancaradas, burocracia das Forças Armadas demonstra, além do apoio, sua articulação no autogolpe

O presidente ilegítimo Jair Bolsonaro chamou a uma manifestação para os fascistas saírem às ruas no dia 15/03/2020, exigindo o fechamento integral do Congresso e do STF, isto é, uma forma de fazer com que o governo exerça um autogolpe para se manter no poder com menos empecilhos de outros poderes.

A atitude é desesperada, já que a crise política do governo é absolutamente profunda e a crise econômica a cada dia se traduz num verdadeiro fracasso, além de ser a chama que falta para que o país exploda em protestos gigantescos.

E esse gesto tem total apoio das Forças Armadas, após artigo no Zero Hora que demonstra um dossiê de declarações tímidas sobre o ato que clama o autogolpe, mas que no enrolar demonstra o alinhamento entre o bolsonarismo e os cargos mais altos da burocracia militar, desde comandantes até generais da ativa e da reserva.

Como o caso da declaração mais ostensiva do general abertamente apoiador de Bolsonaro, Paulo Chagas: “O Brasil é maior do que a inferioridade da sua Constituição e da sua Suprema Corte”. É necessário fazer dois apontamentos nessa declaração: a primeira é que não é algo isolado, é a síntese do sentimento geral e golpista da cúpula das Forças Armadas. A segunda, de que a Constituição que o general acharia maravilhosa, é uma feita em um gabinete e que suprima todos os direitos do povo.

Deve-se denunciar exaustivamente que o comando das forças armadas sempre apoiou a escalada rumo a uma ditadura abertamente fascista e está  ela mesma articulando um eventual autogolpe. É urgente que a resposta a esse ato, que se pretende ser a versão brasileira da marcha sobre Roma, deve ser respondida com a exigência de pôr fim ao governo dos fascistas e do golpe militar!

Fora Bolsonaro! Povo nas ruas para derrubar o governo!

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