A direita começou uma campanha de terror nas escolas. Uma verdadeira “caça às bruxas” contra os professores, com a finalidade não somente de calar, mas, principalmente, de expulsar os professores de esquerda de todas as instituições de ensino.
O Congresso Nacional promulgou nesta quarta-feira (3/7), uma emenda que faz um acréscimo ao parágrafo do artigo 42 da Constituição (sobre as forças militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal), permitindo a dupla função para os militares, policial e professor.
A partir da promulgação, os polícias militares, os bombeiros e demais instituições organizadas militarmente poderão acumular cargos e salários de professores nas escolas, com a única condição que não ocorra choque de horários.A emenda foi apresentada em 2013 pelo ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que é coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal.
Essa lei é mais um passo importante na implementação da “escola com fascismo”, pois coloca o próprio agente da repressão nas salas na função de professor.
Não podemos ficar somente na luta parlamentar, para combater e derrotar os ataques da extrema-direita, é preciso ir além. É preciso formar comitês de solidariedade e de luta em todos os sindicatos de professores e também nas próprias instituições de ensino, a fim de realizar um enfrentamento na prática, com mobilizações coletivas nas escolas para demonstrar o apoio aos professores e o repúdio à extrema-direita. E, assim, expulsar os fascistas de todos os estabelecimentos educativos, porque eles são os maiores inimigos da educação.
Além de derrotar essa medida absurda na prática, precisamos ampliar as mobilizações contra esse e outros absurdos promovidos pelos golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro e da escola sem partido de esquerda.