Um oficial de inteligência australiano, que planejava tornar público crimes de guerra do país, foi encontrado morto no complexo de Russell, na capital australiana, Camberra, no parque de estacionamento da base militar em dezembro do ano passado.
De acordo com a fonte do Daily Mail, o militar teria consigo informações sobre a conduta desumana das tropas australianas no Afeganistão. Tais informações estariam contidas em um disco rígido criptografado.
Entretanto, como não poderia ser diferente, para a polícia local a suspeita é de que o militar cometeu suicídio. Mas a fonte do Daily Mail disse que: “É sabido que o oficial de inteligência ia fazer com que a informação fosse tornada pública, porque o relatório de Brereton é uma caça às bruxas unilateral errada contra o SAS – forças especiais australianas – para tentar apaziguar os afegãos”
Disse também, sobre as informações que seriam divulgadas, que “mudaria muito a opinião pública sobre o que se passou no Afeganistão”, se o militar conseguisse publicar essas informações depois de vir a público o relatório de Brereton, o que aconteceu em novembro de 2020.
O relatório foi produzido pelo juiz do Supremo Tribunal de Nova Gales e pelo major-general do Exército de Reserva Paul Brereton, sugerindo que 25 militares australianos estariam envolvidos em alegados assassinatos de civis e prisioneiros no Afeganistão, entre os anos de 2005 e 2016.
Uma das vítimas do esquadrão SARS, segundo divulgou a sputniknews, foi Mirza Khan, um jovem residente da província afegã de Uruzgan. A morte deste jovem se deu na frente de sua família, quatro dias antes de seu casamento, segundo contou. Disse ele:
“Os australianos pousaram em uma colina perto de nossa casa, arrombaram a porta e invadiram nossa casa, fizeram uma bagunça. Mirza foi derrubado com um tiro no pé, depois foi atacado por um cachorro. Ele o mordeu na garganta. Quando ficaram fartos dessa ‘diversão’, os militares puxaram o cachorro e dispararam vários tiros na cabeça e ombros de Mirza. Depois levaram seu corpo para fora de casa e o cobriram com uma capa. Ao voltar, revistaram nossa casa, mas não encontraram nada.”
Inconformado sobre o motivo dos soldados australianos balearam seu irmão, Shaesta Khan se pergunta e fica sem entender por qual motivo eles teriam feito o que fizeram. E sugere que é possível que os tenham confundido com os talibãs.
Os militares do SARS estão no Afeganistão desde meados de 2001, quase desde o início da operação da coalizão norte-americana contra a Al-Qaeda e os talibãs. Sua missão principal é a inteligência e a vigilância.
Os militares australianos fazem longas incursões no interior do território controlado pelos militantes, transmitindo as coordenadas de sua localização ao posto de comando.
Sem dúvida se comportam como lacaios do imperialismo numa luta de dominação do Oriente Médio, principalmente por que ele quer manter desunidos e apartados todos os países e esforços que busquem o fortalecimento a união e possibilite o domínio do mercado do petróleo, o que acabaria por impor uma política contrária aos interesses dos grandes capitalistas.