No último dia 19, a militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) Aline da Silva foi assassinada na cidade de Arcoverde, no sertão do estado de Pernambuco. Aline da Silva era uma das coordenadoras do setor de juventude do MST.
Aline Silva é mais uma dentre as centenas de sem-terra que foram assassinados depois do golpe de Estado de 2016. Na medida em que a direita avança, o regime político vai se fechando para uma ditadura explícita dos capitalistas contra a população. Os jagunços, braços armados dos fazendeiros, vêm matando impunemente os trabalhadores do campo, de modo a impedir que o abuso dos latifundiários seja contestado de qualquer maneira.
É necessário, no entanto, dar um basta nesses ataques contra a população, tanto no campo, quanto na cidade. Diante do avanço da extrema-direita, a política para a esquerda não pode ser a de ficar de braços cruzados aguardando as próximas eleições. É preciso reagir imediatamente e frear os golpistas enquanto as condições para a luta política se mostram bastante favoráveis.
É preciso organizar um amplo movimento que ponha o governo Bolsonaro abaixo e que pressione o regime político a convocar novas eleições. É preciso, ao lado da luta pela derrubada do governo, lutar por direitos democráticos fundamentais, como o do armamento da população, para que os sem-terra e os indígenas não tenham de morrer sem serem capazes de reagir. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Eleições gerais já! Pelo direito ao armamento dos trabalhadores do campo! Pela organização da autodefesa no campo!