A extrema-direita golpista tem recrutado jovens de classe média alta para atuar como força de choque, isto é, milícia fascista contra os apoiadores do ex-presidente Evo Morales (MAS), deposto por um golpe militar articulado pelo imperialismo, a extrema-direita fascista e as Forças Armadas na Bolívia.
Jovens de classe média alta armados com tacos de beisebol e escudos feitos de latão fazem parte de uma milícia responsável por uma barreira improvisada em uma esquina da Rua Potosí, que dá acesso à Praça Murillo, no centro da capital La Paz. O objetivo é impedir que os movimentos populares apoiadores de Evo cheguem ao centro do poder político na capital.
A extrema-direita utiliza-se do WhatsApp para mobilizar os jovens, que formam milícias para bloquear pontos de La Paz, conferir listas de votação, levantar recursos para manter as atividades políticas dos golpistas e promover ataques a sindicatos e militantes de esquerda.
As milícias fascistas possuem destacado papel em auxiliar as Forças Armadas e a polícia bolivianas a espalhar o terror entre a população, atacar os movimentos populares e os partidos de esquerda, de forma a impedir pela força qualquer reação política organizada da população.