A situação nos Estados Unidos é tensa. O período atual do País é um dos mais agitados nos últimos anos, senão de toda a sua história. Grupos de esquerda e de direita se mobilizam para um possível enfrentamento que pode desembocar em uma nova guerra civil.
Um dos grupos que mais tem atuado e mais tem mobilizado a população negra a se armar para se proteger de ataques de milícias fascistas e da polícia é a milícia negra NFAC. O grupo tem atuado nos protestos que vem ocorrendo no país desde a morte de George Floyd e tem se destacado ainda mais durante os protestos que se seguiram por conta do assassinato de Trayford Pellerin pela polícia da cidade de Laffayette.
Contra a milícia, o deputado republicano Clay Higgins fez ameaças, dizendo que atiraria em seu líder John Jay Fitzgerald Johnson, além de convocar militantes de extrema direita, pedindo que se preparassem para o momento de reagir.
Acontece que a NFAC iniciou uma nova mobilização, desta vez, contra as ameaças desferidas por Higgins. A mobilização foi tamanha que, ao tomar conhecimento do que vinha acontecendo até então, o deputado telefonou para Johnson para se desculpar e dizer que após suas declarações não procediam e que, inclusive, havia começado a admirar a milícia e a figura de seu líder.
O que Higgins não esperava é que Johnson havia gravado toda a conversa. O líder da NFAC publicou o telefonema em suas redes sociais logo em seguida. Após a conversa, Johnson enfatiza que agora a mobilização chegou em um novo patamar, fazendo com que até mesmo um congressista dos Estados Unidos temesse o “Black Power” (poder negro.).
Ao tomar conhecimento da conversa, Higgins desmentiu tudo o que havia dito no telefonema, como forma de fazer demagogia com a extrema direita e fingir que não sentiu medo da mobilização. No entanto, continuou a dizer que a NFAC não é uma milícia violenta e que, na verdade, prega a paz.
Essa história é uma demonstração de como a população negra precisa se armar e se organizar para combater a extrema direita e a polícia. Até mesmo o congressista, um dos homens mais protegidos do país, sentiu medo da mobilização dos negros e teve de pedir desculpas.
Não só os negros, mas todos os oprimidos devem lutar pelo direito de se armar e de constituir grupos de autodefesa e milícias para impedir a violência estatal e paraestatal. Somente o povo armado tem o poder de ser agente da própria sorte.