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COVID-19

Milhares pedem ajuda a Maduro para voltar à Venezuela

Sofrendo na pele com o neoliberalismo na Colômbia, venezuelanos buscam retorno

O confinamento decretado pelo governo colombiano tem levado aqueles que trabalham de forma precária na informalidade – o tipo de trabalho que mais cresce no mundo nesses últimos tempos – a uma situação desesperadora, já que ficam desprovidos de toda e qualquer renda da noite para o dia. Para os venezuelanos que estão na Colômbia surge a opção pelo retorno urgente à Venezuela.

De fato, o governo da Venezuela tem recebido cada vez mais os seus cidadãos que emigraram para os países vizinhos, como resultado da dificuldade econômica que viviam na Venezuela, decorrente do bloqueio asfixiante levado a cabo pelos EUA, pela sabotagem das burguesia local e a desestabilização provocada pela violência da direita golpista.

É claro que na grande imprensa capitalista não veremos nada desse movimento de retorno dos venezuelanos, ao contrário da ampla cobertura que deram ao movimento oposto, mas sem jamais terem falado da verdadeira causa dos problemas econômicos na Venezuela.

Segundo matéria publicada em 11/12/2019 no sítio “vermelho.org.br”, a Lei 113/278, aprovada em 2014 pelo congresso norte-americano – ainda no governo Obama -, estabelece expressamente sanções contra o Banco Central da Venezuela, a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), empresa do Estado que detém o monopólio da exploração de petróleo e gás e que é responsável por mais de 90% dos ingressos em moeda estrangeira do país, bem como contra outros entes do Estado com competência em matéria de políticas monetárias, financeiras e de controle cambial. Essa lei prevê a possibilidade de aplicar medidas unilaterais de bloqueio e congelamento de ativos, fundos, bens e propriedades venezuelanas, suspensão de ingresso de divisas, revogação de visto e de outros documentos de funcionários públicos, oficiais militares e representantes diplomáticos. Poucos meses depois de ter sido aprovada, no dia 8 de março de 2015, o então presidente dos EUA, Barack Obama, declarou a Venezuela como “uma extraordinária ameaça para a segurança nacional e para a política externa dos Estados Unidos”.

Em 2019, Donald Trump efetivamente congelou todos os ativos venezuelanos nos EUA.

É óbvio que os impactos de um bloqueio econômico desse porte não poderia jamais ser ignorado para que possamos entender o movimento migratório dos venezuelanos na direção dos países vizinhos. Apesar disso, o que imprensa capitalista de um modo geral fez foi divulgar de forma incansável e repetitiva esse movimento migratório e omitir totalmente as suas causas reais.

Por outro lado, e apenas lembrando das primeiras medidas sociais colocadas em prática na Venezuela, há aproximadamente três semanas estão proibidas as demissões e cobrança de aluguéis no país. Estão proibidos os despejos e cortes de serviços essenciais. Os salários também estão garantidos. Algumas dessas medidas tem validade de seis meses e outras vão até o fim deste ano.

A expectativa do governo venezuelano é de receber 15 mil cidadãos. Quem já está retornando é testado para a COVID-19 logo que chega e, caso o resultado seja positivo, vai para o hospital. Caso dê negativo, vai para lugares reservados ou hotéis destinados à quarentena.

A propósito, relativamente aos testes, a vice-presidenta Delcy Rodríguez afirmou em 5 de abril: “Até o dia de hoje temos realizado 54.248 testes, o que nos dá um número de 1.750 testes por milhão de habitantes. Isso nos coloca na vanguarda e em primeiro lugar em testes realizados para a detecção do coronavírus na região”.

Número de testes realizados acima do que os países da região tem feito, garantia de moradia e de condições dignas para toda a população enquanto enfrentam a crise e tratamento adequado, seja nos hospitais ou em isolamento. Tudo isso explica o movimento de retorno dos venezuelanos, e não apenas as péssimas condições que tem nos países vizinhos.

É no momento de uma grave crise como a que o mundo passa hoje que podemos perceber a diferença que é viver em um país largado na barbárie ditada pelo neoliberalismo, como Colômbia e Brasil, e a Venezuela, país que, mesmo sob um bloqueio econômico criminoso, consegue garantir direitos para a população e combater melhor a pandemia da Covid-19 que seus vizinhos.

Os venezuelanos que estão tentando voltar já sabem disso.

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