Na noite desta segunda-feira (5/10) ficou exposta a fraude eleitoral nas eleições deste ano a Presidência da República dos Estados Unidos. O sistema de cadastramento de votos pelo correio, que é feito pela internet, “caiu” (foi, propositalmente, derrubado) no estado da Flórida. Diversos ativistas a até mesmo pessoas comuns começaram a denunciar aquilo que foi, até agora, a mais gritante fraude nesse processo eleitoral, seguidamente ao voto pelo correio. Com algumas horas de atraso a imprensa burguesa começou a noticiar como uma “falha”, de forma muito breve e moderada, isso que é um verdadeiro escândalo. Figuras da esquerda norte-americana, como Kennedy, denunciam que é uma supressão de eleitores e exigem um maior prazo para cadastrar os votos.
O que se pode tirar das pesquisas feitas até agora das eleições norte-americanas, é que o estado da Flórida é extremamente decisivo para as eleições, e por isso mesmo extremamente polarizado. Mesmo que as eleições, pelo nível de fraude nos EUA, demonstrem de forma muito distorcida essa polarização. Em artigo publicado no jornal LSE US Center, uma espécie de jornal regional do New York Times, cujo o título é: “Why Florida may matter very little in the 2020 presidential election” (em tradução livre, “por que a Flórida importa muito pouco para decidir as eleições presidenciais de 2020?”) o autor nos dá uma pista do porque a fraude nesse estado específico. Primeiro que, se você retira o academicismo absurdo e as equações eleitoreiras, você tem um gráfico que revela algo muito simples: o estado balança como um pêndulo entre Biden e Trump. E, justamente, nesse período o gráfico estacionou na figura de Donald Trump.
Entretanto, como vemos no Brasil, as pesquisas não refletem em nada a realidade, cujo autor do artigo citado acima se debruça exaustivamente a compreender. É muito possível que antes Biden se apresentava como primeiro simplesmente como peça de uma propaganda. O fato é que o acontecimento acabou por virar do avesso a tese acima: Por que a Flórida é um estado que importa muito para decidir as eleições presidenciais? Simples, porque é um estado com um número de colégios eleitorais relativamente altos e pode garantir a vitória de Trump, contra a ala majoritário do imperialismo norte-americano, que se apoia agora na figura dos Democratas. Uma manobra escandalosa desse porte não seria utilizada pela burguesia em um estado que vale “muito pouco”.
Só no estado da Flórida já podemos ver, inclusive, a fraude gigantesca que está ocorrendo nas eleições norte-americanas. Além do transtorno de boicotar aqueles que votariam no último dia, mais de 571.000 cédulas de eleitores tiveram seus votos simplesmente devolvidos. O que escancaram que longe de ser um problema técnico, a questão do voto pelo correio é uma gigantesca fraude. O acontecimento de segunda-feira só joga água que esse “sistema” eleitoral não passa de uma manobra para eleger o candidato favorito do imperialismo norte-americano, o burocrata e belicista Joe Biden (Democratas). Já que Trump vem sendo um fator de crise do regime imperialismo norte-americano, por não seguir na risca os ditames da ala mais forte da burguesia e favorecer políticas do setor mais minoritário do país, como o que ele mesmo faz parte; já que ele é da construção civil, o que está longe de ter um capital como da indústria bélica, por exemplo.
Não se tem ainda um dado objetivo de qual o tamanho da fraude com a questão dos correios e também com o “apagão” do site de cadastramento das cédulas. O que podemos inferir é que essa é face mais visível do que é o regime norte-americano. O mercado da “democracia” que é os Estados Unidos, é uma farsa que está apodrecendo desde a eleição de Trump. É necessário lançar a palavra de ordem “Por um partido operário” e desmantelar esse bipartidarismo, onde a população só pode escolher quais dos dois rostos do imperialismo norte-americano, Republicanos e Democratas, ela vai “querer” que a reprima e a explore brutalmente.