“Argentina está a beira de um colapso.”
Assim diz o título de uma matéria publicada na revista imperialista Forbes, de economia.
A Argentina passou por um processo de eleições marcado pela fraude, assim como o Brasil, no qual em 2015 a direita neoliberal, com o apoio do imperialismo norte americano, fraudou o processo eleitoral dando a vitória à Maurício Macri no segundo turno, embora todas as pesquisas apontassem que o candidato do governo Kirchner, Daniel Scioli, estaria cotado para vencer o pleito em primeiro turno.
Macri, ultra liberal, logo em seus primeiros momentos à frente do governo, tratou de extinguir praticamente todos os programas sociais criados nos governos anteriores, de Néstor e Cristina Kirchner, e mergulhar o país numa profunda crise.
As reformas liberais criadas pelo governo argentino estão levando o país ao colapso econômico e social.
Os índices de desemprego são altíssimos.
Segundo o INDEC (Instituto Nacional de Estatísticas e Sensos), o desemprego no país está na casa dos 10%, porém, afirma que entre as pessoas de 14 a 29 anos, tais índices chegam a mais de 20%.
O índice de sub ocupação é de 11,2%, mas num cenário onde escandalosos 60% da população empregada está insatisfeita com o emprego.
As políticas liberais do país vizinho, entregam aos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública, quase 80% do seu PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a população vê seu salário e consequentemente seu poder de compra se desvalorizar a cada dia, com sua moeda perdendo algo em torno de 90% do valor perante o dólar, nos últimos dois anos.
A dívida chegou a esse patamar entre 2017 e 2018, quando o governo ilegítimo de Maurício Macri a elevou em 20 pontos percentuais, tomando empréstimos com o FMI, para satisfazer as vontades dos imperialistas norte americanos.
Outros países da América Latina, que estão seguindo a mesma cartilha liberal imposta pelo imperialismo, como Colômbia, Paraguai e Equador, encontram-se em situações semelhantes ou piores às da Argentina.
As manifestações populares na Argentina ganham proporções que fazem lembrar o “Argentinazo”, ocorrido em 2001, quando pela força das pessoas nas ruas, o presidente Fernando de La Rúa, foi obrigado a renunciar, dando origem a um governo provisório que organizou as eleições de onde saiu vencedor Néstor Kirchner.
Devemos lembrar, que a revista Forbes, é a mesma que acusou o comandante da revolução cubana, Fidel Castro, de ser dono de uma fortuna de U$ 900 mi, onde atribuía ao mandatário da ilha as propriedades do Estado cubano.
Na ocasião, Fidel ironizou: “Uma fortuna sem herdeiros”, indicando que o patrimônio era do povo cubano e não seu.
Embora a notícia da crise na Argentina, dada pela revista imperialista seja verdadeira, sua intenção, como representante dos interesses dos grandes capitalistas, é afundar o país ainda mais em dívidas e se apropriar de todo o PIB e riquezas da Argentina, deixando para a população a exploração e a miséria.
Essa é com certeza a intenção do imperialismo para o Brasil, que por meio do ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro, vem fatiando nossas empresas e vendendo a preço de banana para os estrangeiros, assim como se utiliza das mesmas políticas liberais de austeridade à classe trabalhadora, como as reformas trabalhistas e da Previdência, que se complementam no sentido de escravizar o povo brasileiro até a morte.
Para combatermos os avanços das políticas liberais, devemos engrossar a organização e as atividades dos Comitês de Luta contra o golpe de todo o País e, nesse momento, preparar uma grande mobilização em torno da Plenária Nacional Lula Livre, no próximo dia 16 de março, em São Paulo.