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Reabertura em São Paulo

Mil escolas reabertas em São Paulo: o caminho para o massacre

Em são Paulo, um total de 611 escolas estaduais possuem o Ensino Médio. A secretaria Estadual de Educação não forneceu informações sobre quantas destas sofrerão a reabertura.

No dia 22 de outubro, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), autorizou o retorno as aulas para o ensino médio, 3 dias depois da reabertura no Rio de Janeiro e em outros diversos estados. Nesta terça feira (3), cerca de mil escolas irão reabrir na capital Paulista.

De acordo com o SIEESP (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), a maioria das reaberturas são na rede Particular, com 1200 escolas que confirmaram a reabertura neste ciclo de ensino, representando 80% do numero de escolas particulares que possuem o ensino médio em São Paulo.

Em são Paulo, um total de 611 escolas estaduais possuem o Ensino Médio. A secretaria Estadual de Educação não forneceu informações sobre quantas destas sofrerão a reabertura. Essas escolas representam mais de 77% da população de estudantes no ensino médio, cerca de 300 mil alunos, de acordo com a ultima Sinopse Estatística da Educação básica (2019).É constantemente reforçado que o retorno é apenas para “tirar dúvidas” sobre conteúdo já visto por ensino remoto. Neste caso, por que reabrir? A resposta clara é que a burguesia quer continuamente testar se suas ações desencadeiam mobilização em massa em contrariedade.

As escolas são pontos de fácil radicalização de jovens frente às politicas de direita. Isso se torna claro tanto no passado quanto nos dias de hoje, em meio a pandemia, quando vemos secundaristas organizando greves e piquetes contra as medidas mais direitistas do governo Bolsonaro, se posicionando contra o EAD, a volta às aulas e pela suspensão do calendário escolar de 2020.

A SIEESP ainda afirma que a experiência desastrosa do EAD tem sido satisfatória na rede privada: “A tecnologia é o grande legado que ficará para a educação. Mas a maioria das escolas particulares irá reabrir sim, pois entende a importância desse retorno o mais rápido possível” afirma Benjamin Ribeiro, Presidente do SIEESP. Esse sindicato parabeniza essas medidas de concessão e aplaude a rede privada por se tornar a ponta da flecha do genocídio, representando o maior numero de instituições abertas.

A realidade é que o retorno às aulas em meio a pandemia é uma politica genocida. O movimento da burguesia para restabelecer as aulas presenciais é uma clara articulação em favor dos interesses próprios destes elementos. Seguindo as pesquisas da OCDE, que afirma a queda de 1.5% do PIB mundial devido ao fechamento das escolas, é possível ver no mundo inteiro medidas, movimentos e propagandas de caráter direitista que visam favorecer a política de reabertura. O EAD é uma medida impopular que é imposta sobre todos os estudantes, mesmo sobre aqueles que não podem o acessar, e representa a perda do ano letivo. Uma das características da propaganda na categoria de ensino é a de que só existem duas opções possíveis: ou a volta as aulas, ou o EAD em casa.

A organização dos estudantes e professores contra a volta as aulas é a alternativa mais correta para se defender contra estes ataques da extrema-direita genocida contra o povo. Não se devem alimentar ilusões, estas políticas e movimentações agem contra os estudantes e demais setores da comunidade escolar (pais, funcionários e professores), e não passa de uma articulação que pretende promover um genocídio da juventude em escala nacional. Não é do interesse das categorias estudantis aceitar ou corroborar com a reabertura das escolas. Por meio legislativo ou eleitoral não será possível conter a ofensiva da direita e da burguesia. É necessário que os estudantes se mobilizem nacionalmente pela suspensão do calendário escolar e pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.

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