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Michelle Obama: uma nova Hillary Clinton para derrotar Sanders?

Manchetes dizendo que Michelle Obama não quer ser presidente inundaram a imprensa norte-americana na semana passada. Aparentemente, essa é uma forma de fazer justamente o contrário do que essas manchetes afirmam: colocar a ex-primeira-dama como uma opção de candidatura à presidência. Michelle Obama tornou-se uma celebridade entre os democratas e especialmente entre os defensores de políticas identitárias, que levaram os democratas à derrota eleitoral em 2016. Justamente por isso ela aparece agora como uma opção de candidatura.

Trata-se de um golpe semelhante ao que a própria Hillary Clinton representou nas primárias do Partido Democrático. Apesar de Hillary Clinton representar o regime político e a política oficial do imperialismo no mundo, mais do que o próprio Trump, o fato de ela ser mulher foi amplamente utilizado para tirar Bernie Sanders da disputa. De um lado, tiraram votos por meio da simples fraude, com a estrutura do partido sabotando seu pré-candidato em favor de Hillary. Por outro lado, para garantir, tomaram votos apresentando a candidata dos bancos e dos grandes monopólios da industria armamentista como uma representante das mulheres, embora esse estivesse longe de ser realmente o caso.

Aparentemente, estão procurando repetir a manobra. Enquanto dizem que Michelle Obama não será candidata, o que estão fazendo na verdade é lançar sua candidatura, acostumando os democratas com a ideia. Inclusive, a possível candidata está lançando uma biografia, que já vai servir de campanha eleitoral. Esse é um passo típico dos candidatos norte-americanos.

Michelle Obama pode se apresentar como o novo mecanismo para impedir que o partido se desloque à esquerda nas eleições presidenciais. Para o regime político norte-americano é fundamental evitar que isso aconteça. Uma eleição com os democratas deslocados à esquerda teria o potencial de polarizar a sociedade norte-americana e aprofundar a crise do regime. Como já aconteceu com a crise no Partido Republicano, que não conseguiu impedir a candidatura de Trump.

Nesse cenário, Michelle Obama surgiria para que o regime político refreasse mais uma vez uma alternativa mais à esquerda no Partido Democrático. Apesar de abrigar setores entre os mais poderosos da própria burguesia imperialista, além de amplos setores da pequena burguesia, os democratas também incluem em sua base partidária um grande contingente operário e tem ligação com grandes sindicatos nacionais. Um deslocamento que represente essa base seria um avanço da classe operária e um perigo real para a burguesia dos EUA. A ponto de terem preferido arriscar uma derrota contra Trump nas últimas eleições, quando Bernie Sanders aparecia muito à frente nas pequisas em um confronto com Trump, enquanto Hillary aparecia como uma candidatura mais arriscada.

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