Da redação – Na última quinta-feira (23), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizou uma assembleia para discutir sobre os ataques do governo do golpista João Doria (PSDB) à categoria.
Várias medidas contra as conquistas dos trabalhadores, constantes no Acordo Coletivo, levaram os metroviários a tomarem a decisão. São elas:
Falta de funcionários, alteração na atribuição de funções e acúmulo de trabalho;
Empresa não cumpre o Acordo da Jornada de Trabalho;
Retirada do pagamento de Adicional de Periculosidade aos OTMs4 no CCO, pintura e oficina de escada rolante;
Mudança compulsória dos funcionários da Manutenção de jornada noturna para a diurna;
Trem sem operador na Linha 15-Prata;
Desvio de função dos ASMs que estão sendo treinados em atividades da Estação;
Manobra de trens por trabalhadores da Manutenção nos pátios: desvio e acúmulo de função;
O atraso do transporte na maior cidade do Brasil e da América Latina
O governo do fascista playboy de São Paulo, João Doria, acumula um atraso fenomenal quanto ao transporte de pessoas. Os trens do metrô podem ser comparados a verdadeiras latas de sardinha, os passageiros vivem apinhados nas idas ao trabalho, por isso os acidentes são constantes e rotineiros. Em uma comparação ao metrô de cidades de outros países como o México, por exemplo, fica demonstrado o descaso dos governos do PSDB de São Paulo com os mais de 12 milhões de habitantes da capital paulista.
Com 45 anos de existência e apenas 89 estações, o metrô de São Paulo começou suas atividades em 1974 e consegue ter um percurso de cerca de 101 km de extensão (dados referentes a 2019), menos da metade do metrô da cidade do México que tem 195 percorrendo 226, conforme informações da BBC de Londres, em 2013.
Junta-se ao desrespeito aos usuários desse transporte, o tratamento dado aos trabalhadores do Metrô, da mesma forma, ou seja, com o costumeiro descaso.
Diante do quadro caótico imposto pelo golpista Doria, os trabalhadores do sistema metropolitano de São Paulo decidiram em assembleia realizada no dia 23 de janeiro deixar de sobreaviso a todos os metroviários e aos usuários que, a partir desse dia, estarão em estado de greve, e de acordo com o calendário elaborado, até a próxima assembleia, na primeira semana de fevereiro será o seguinte:
Estado de Greve a partir de 23/1
É necessário treinamento de bilheteria para todos os OTMs1
ASs não devem assumir a linha de bloqueio (dupla função)
Uso do adesivo em todas as áreas a partir de 29/1
Distribuição de Carta Aberta em 29/1
O que está por trás dos ataques aos metroviários é, aos poucos, ir diminuindo o quadro de funcionários do Metrô, e privatizar todas as linhas, como o PSDB já fez com a linha Amarela e a Lilás, extinguindo as empresas públicas de São Paulo, portanto é necessário o aprofundamento das mobilizações, ir à greve contra mais essa atitude do golpista Doria, pedindo, inclusive sua saída do governo.