O Sindicato dos Metroviários de São Paulo divulgou dados referente a contaminação pelo covil-19 até o último dia 24 de junho. Já são 291 afastamentos de funcionários: 130 de casos confirmados, 78 com suspeita e 83 afastados por terem tido contato com outros funcionários contaminados. Informa ainda que os dados não considera informações das contaminações das linhas 4- Amarela e 5 – Lilás por serem controladas por empresas privadas e portanto não repassam tal informação.
Além da contaminação em massa, a categoria conta com 5 óbitos e 24 casos entre os trabalhadores terceirizados (12 confirmados e 12 suspeitos), mas o sindicato alerta que há subnotificações dos dados.
Os números de infectados e de óbitos na categoria dos metroviários de São Paulo não deixa dúvida quanto à política genocida do governador almofadinha, João Dória, uma figura deplorável, impopular, odiado, principalmente pelas camadas mais populares da sociedade. No começo do mês de junho, o governador fascista, numa demonstração de total desprezo aos trabalhadores metroviários, determinou a volta ao trabalho dos metroviários idosos, com mais de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco e estavam em regime de quarentena.
Dados da contaminação revelam a política do governo do estado, e evidencia como a população e os trabalhadores são tratados como escória: no último dia 19 de junho foram registrados números recordes de contaminação e morte no estado, são 9.347 infectados no período de 24 horas. No total, são 238.822 contaminados pela doença, com 284 novas mortes, totalizando 13.352 óbitos. Um verdadeiro genocídio da população da cidade. Além é claro, e não podemos esquecer, que são dados oficiais, sendo que os números podem ser de 3 a 4 vezes maiores os divulgados.
Os trabalhadores metroviários de São Paulo não podem aceitar o total descaso em relação à contaminação que se expande a cada dia na categoria, com a total ausência de medidas de segurança sanitária, nas estações, nos trens, etc., que devido às aglomerações é um ambiente propício para a propagação do vírus. O risco de contaminação que esses trabalhadores e da população é gigantesca e não há medidas de segurança que visem salvaguardar a vida dos funcionários e dos usuários dos metrôs.
É necessário que as entidades representativas dos metroviários organizem, imediatamente, uma gigantesca mobilização de toda a categoria com vistas a preparar a greve para garantir a vida e o emprego dos trabalhadores. Para isso é preciso que o sindicato reabra as suas portas e seja uma alavanca para impulsionar a luta imediatamente. Se o trabalhador pode trabalhar, também pode se mobilizar e se manifestar.