Enquanto o coronavírus se espalha pelo Brasil, o ministro da Justiça, Sérgio Moro reafirma seu caráter fascista e nega a soltura dos presos. Já não se trata de especulações, nesta quinta-feira (19), em comunicado divulgado, a Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) informou que, para desespero das pobres almas enjauladas, o coronavírus já adentrou o sistema prisional, isto é, um detento do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Bauru, no interior, foi diagnosticado com COVID-19.
Quando perguntado sobre uma possível libertação dos presos, o ministro – conhecido como Mussolini de Maringá – deu a seguinte resposta: “alguns fazem a proposta de soltar todos os presos que não tenham sido condenados por violência ou grave ameaça. Estamos falando de todo o tráfico de drogas, basicamente. Grande parte dos grandes traficantes foram condenados só por tráfico. E vamos soltar todos os traficantes do país? Não faz sentido”.
“Não podemos, a pretexto de proteger a população prisional, vulnerar excessivamente a população que está fora das prisões”, complementa o fascista.
A Sifuspesp informara, também, que um servidor do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, localizado na capital paulistana, foi diagnosticado com a doença. Outro caso de contágio também assombra o Centro de Detenção Provisória (CDP), onde, nesta quarta-feira (18), um detento de Pinheiros, em São Paulo, teria apresentado todos os sintomas característicos da doença. Na zona norte da cidade, uma detenta da penitenciária feminina teria apresentado os mesmos sintomas e passado por atendimento médico um dia antes, na terça-feira (17). Vale destacar que o teste para confirmação do caso sequer foi realizado, tendo os enfermos voltado ao convívio com outros presos.
Cientes do perigo iminente, na última segunda-feira (16), centenas de presos teriam fugido das penitenciárias paulistanas. A causa dos motins teria sido uma reação contra a decisão da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), que suspendera a saída temporária de detentos em razão do avanço da epidemia.
Enquanto o governo do Irã solta mais de 80.000 presos para evitar um genocídio, o ministro da Justiça de Bolsonaro reafirma sua identidade fascista e se nega a soltar os presos que, em condições normais já morrem à míngua e apodrecem em celas superlotadas.
Moro tenta se justificar ao estabelecer uma oposição entre a segurança dos presos e a segurança do público, ocorre que tal contradição é falsa. É dever do Estado garantir a segurança dos presos, nenhum deles foi condenado, em juízo, à morte, mas o Ministro da Justiça condena-os mesmo assim.