Nessa segunda-feira (10) aconteceu mais uma morte de um trabalhador da Embraer, trata-se do metalúrgico, Elias Salomão, que já vinha lutando a mais de 20 dias contra o Covid 19. Salomão era membro da equipe da engenharia de interiores da aviação comercial, localizada na unidade da Av. faria Lima, em São José dos Campos.
Informações da direção do Sindicato da categoria dão conta do total descaso da direção golpista da Embraer em relação à sistemática contaminação dentro da empresa. Segundo o sindicato, “já foram detectados diversos casos de contágio nas fábricas da Embraer, mas a empresa não divulga o número exato ao Sindicato e continua em operação” (site Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região 11/08/2020)
Mais essa morte de um companheiro é o reflexo do total descaso da direção da empresa com a categoria. Hoje a cidade de São José dos Campos registra mais de 9 mil casos de infecção com cerca de 300 mortes e a Embraer se exime em disponibilizar os devidos equipamentos necessários para todos os trabalhadores, conforme o protocolo de segurança recomendados pelos órgãos da saúde.
Devido ao alto número de trabalhadores operando na fábrica, consequentemente aumenta exponencialmente o risco de contágio entre os operários.
O contágio nos trabalhadores da Embraer vem se espalhando como rastilho de pólvora, sem nenhum tipo de controle, colocando-os em risco e também as suas famílias. A gestão da Embraer se recusa a atender as medidas de prevenção cobradas pelo Sindicato, principalmente, a testagem em massa de todos operários, inclusive os assintomáticos.
Num momento de risco elevado, a empresa continua ignorando as condições precárias e mais ainda dos terceirizados, cuja exposição à contaminação pelo coronavírus é muito maior. O aumento exponencial do contágio do coronavírus está diretamente associada ao desmonte da empresa.
Diante desta catástrofe é preciso agir. As organizações de luta dos trabalhadores os sindicatos devem chamar imediatamente uma greve geral da categoria. Se faz necessário então paralisar toda a produção e somente voltar com todos os itens de segurança pessoal e coletivo, adotar medidas de distanciamento, rodízio de funcionários e mandar para casa os funcionários que são grupos de risco, pois precisam ser preservados.