Diante da crise do coronavírus, o cenário futebolístico mundial paralisou, neste quadro o jogador de futebol do Barcelona Lionel Messi liderou negociações com a direção do seu time o Barcelona, onde foram reduzidos em 70% os salários dos jogadores, para que se mantivesse o pagamento integral aos funcionários do clube. Ainda neste período o jogador Messi dou um milhão de euros para dois centros médicos um em Barcelona e outro para Rosário, cidade natal do jogador.
Após essas ações o jogador Messi foi chamado de “Le Che du Barça” (O Che do Barça) pelo jornal francês “L’Équipe”, sendo destaque de capa na terça-feira 31 de março. Em 2011, o jogador do Barcelona, em entrevista à revista “La Garganta Poderosa”, comentou que se emocionava ao ver pelo mundo camisas e bandeiras com o rosto de Che “Algumas vezes, vou a outras partes do mundo e encontro a camisa argentina com meu nome, e isso é o máximo. Fico emocionado ao ver camisetas ou bandeiras do Che Guevara e de Maradona em qualquer lugar do mundo. Me dá uma sensação muito boa”.
A tentativa da imprensa de comparação entre Lionel Messi e Che Guevara é absurda em seus termos, o primeiro é um milionário que abriu mão de parte de seu salário, ação que não prejudicará significativamente o seu patrimônio, já o segundo era um revolucionário, que dedicou sua vida a revolução. Esta comparação serve apenas como uma tentativa da imprensa burguesa de desmoralizar o histórico de luta do revolucionário.
É importante esclarecer que o desprendimento de parte do salário de Messi que a tempos tem rendimentos na casa dos milhões não terá impacto no seu modo de vida. Vale ressaltar que muitos dos seus rendimentos não vem do salário, mas de propaganda, direitos de imagem e outras coisas.
Temos que deixar claro que o que estava em oposição ao pagamento integral dos salários dos funcionários, não era o pagamento dos salários do jogadores e sim a manutenção dos lucros dos acionistas. Na realidade com sua boa vontade Messi e os demais jogadores foram ludibriados, para ajudar a manter os lucros dos capitalistas.
Vale ressaltar como a imprensa costuma ser lisonjeira os jogadores Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que representam grandes setores econômicos no esporte futebol, mas não apresentam a mesma postura com os jogadores brasileiros, que costuma representam blocos econômicos menores.
No futebol em paralelo com todos os outros negócios da vida cotidiana, os capitalistas buscam como solução para as crises econômicas e sanitária, a manutenção seus altos lucros retirando direitos dos setores mais frágeis.