Os Correios é uma empresa estatal de mais de 100 mil trabalhadores, dentre esses, 55 mil funcionários são carteiros, que entregam cartas e encomendas por todo o país.
Cada carteiro visita em média mais de 100 casas por dia, levando papeis, plásticos e até vidro, portanto, um excelente potencial de disseminação do novo coronavírus e sua doença COVID-19.
No entanto, a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) não autorizou a suspensão do trabalho. Pelo contrário, liberou alguns funcionários que são grupo de risco (maiores de 60 anos, diabetes, etc.) para se afastarem do trabalho, mas terão seus ganhos salariais reduzidos quase pela metade, cortando final de semana remunerado, adicionais de trabalho, etc.
Os golpistas da ECT, junto com o governo fraudulento de Jair Bolsonaro, que não considera que os trabalhadores dos Correios não são gente, está exigindo que os trabalhadores saiam para a entrega de correspondências sem nem mesmo oferecer aos trabalhadores os EPI´s (Equipamento de Proteção Individual) para se proteger da contaminação do Coronavírus.
O mínimo que a ECT deveria oferecer a seus funcionários seria máscaras, álcool gel e luvas, mas é raro encontrar algum desses três EPI´s para proteger o trabalhador.
Se não bastasse esse descaso, a direção golpista da ECT ainda está ameaçando os trabalhadores com demissão, caso o trabalhador se recuse a ir para a entrega domiciliar, ou até mesmo se afastar.
Diante dessa situação de escravidão, os trabalhadores dos Correios precisam se organizar para realizar uma greve geral da categoria, lutando para defender sua vida, proteger a população que está nas casas e aproveitar para exigir a volta do plano de saúde anterior, incluindo novamente os pais e mães dos funcionários no plano.
Também é preciso usar a greve para defender a empresa dos Correios como pública, estatal e controlada pelos próprios trabalhadores.