A reitoria da Universidade de Brasília (UnB) determinou a desocupação imediata do espaço físico pelos estudantes, estipulando o prazo que se encerrou nesta segunda-feira (23). Os estudantes, entretanto, decidiram manter a ocupação da reitoria, resistindo às ameaças de penalização impostas pela reitora da universidade.
Diante da resistência estudantil, a reitoria decidiu ameaçar os mais de 150 estudantes que articulam a ocupação, alegando que eles poderão responder por “dano ao patrimônio e ao erário”. Em resposta, a comissão que representa o movimento “Ocupa UnB” considerou o pedido de desocupação e as ameaças como “intransigência da reitora”.
Mantendo a reitoria ocupada, os estudantes alegaram que “em momento algum houve atitude da reitora em vistas de resolver as pautas demandadas pelo movimento”. A comissão organizada pelos estudantes reafirmou o compromisso em dialogar com a reitoria, o que, no entanto, parece ter sido uma proposta negada pela reitora – visto que a reunião proposta pela comissão de alunos, marcada para essa segunda-feira (23), não foi aceita pela reitora da universidade.
O movimento de resistência estudantil que defende a Universidade de Brasília disponibilizou, em sua página nas redes sociais, as pautas defendidas de interesse dos estudantes, professores e funcionários da instituição. Abaixo, mostraremos por que lutam os alunos:
- A não-penalização dos ocupantes, pelo meio jurídico ou administrativo;
- Prosseguir com a discussão sobre o não-aumento do valor do Restaurante Universitário. Realização de levantamento do perfil socioeconômico dos estudantes da UnB, a fim de averiguar os impactos que o aumento teria no corpo estudantil, e promover auditoria pública dos contratos da Sanoli, a ser organizada pelas entidades da universidade;
- A manutenção das bolsas de assistência estudantil;
- A revogação da circular de número 2/2018/2018/DGP/GAB publicado dia 16 de abril referente ao processo de número 23.106.044.368/2018-34, que determina o desligamento de 1100 estagiários remunerados;
A Reitora deverá posicionar-se em postagem pública sobre:
- As políticas do MEC para nossa educação;
- Liberação de mais verba para a UnB, sendo contrária à EC 95/2016;
- Contra a precarização e privatização das universidades públicas;
- A liberação de editais para ingressos de indígenas e quilombolas.