As mulheres não irão ficar mais protegidas das agressões com leis e punições mais rígidas, pelo contrário, em um cenário fascista que nos encontramos, a repressão só virá para oprimir e prender mais o trabalhador, aumentando a repressão na forma de facilitar o encarceramento e prolongá-lo, tornado um inferno ainda pior para as classes mais baixas. Enquanto que a alta burguesia ficará impune como sempre e com liberdade para os homens burgueses continuarem cometendo vários tipos de violência contra as mulheres sem serem punidos.
Mesmo após a Lei Maria da Penha, as agressões e assassinatos continuam aumentando, com um crescimento de 1.9% agora na pandemia, sendo três mulheres mortas por dia, mostram os dados do primeiro semestre. O que faz necessário uma política social, como independência econômica e políticas de apoio a mulher, já que o estado capitalista faz, intencionalmente, com que elas sejam mais dependentes dos homens e não mais repressão. Pois tais leis de punição não ajuda em nada para solucionar a violência contra as mulheres.
Porque na verdade o que acontece, por exemplo, é que quando uma mulher da classe oprimida dá queixa de seu agressor e ele é preso, logo que solto esta mesma mulher volta com ele, pois não tem como prover a casa e seus filhos sozinha, o que também não quer dizer que as mulheres da burguesia não sofram a violência também, sendo que nessa situação ainda o agressor dificilmente receberá punição, mostrando que essas leis só servem mesmo para prender o mais pobre e aumentar a violência contra mulher ainda mais.
É ilusão achar que em um estado onde barbárie capitalista predomina, as mulheres serão totalmente livres, mesmo que com a conversa enganadora da burguesia histérica, de que se qualquer pessoa que trabalhe muito será livre e independente, até porque os verdadeiros ricos e livres, os bilionários, que na sua maior composição são homens, nunca precisaram trabalhar. É preciso uma organização da mulher em torno da sua autodefesa e soluções nos problemas de origem social da questão, onde um movimento das mulheres, sobretudo a operária, que é onde a repressão é maior, que busque cortar o mal da barbárie geradora dos problemas, pela raiz.
Sendo que a solução para tudo isso, é a população no geral, com a pauta das mulheres e de todas as minorias em direitos, nas ruas exigindo o Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Eleições gerais com Lula candidato! Por uma organização independente das mulheres! Por uma constituinte pelo Estado Operário Transformador!