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É pior do que "eles" achavam

Mesmo antes da pandemia economia já estava estagnada, diz FGV

Significa que a economia tinha potencial para produzir mais do que na prática aconteceu. Parte dos fatores de produção (capital e trabalho) ficaram ociosos, não foram utilizados.

Pesquisadores do Ibre/FGV em matéria do Valor Econômico, dizem que quando saírem os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2020, este deverá confirmar que a desaceleração da economia já vinha ocorrendo antes da crise do covid-19. Se confirmado, desmente a expectativa apontada pelo Ministro Paulo Guedes de que a economia vinha se recuperando e apontava crescimento mesmo que pequeno.

“A economia não estava bombando como o Paulo Guedes [ministro da Economia] falou. O primeiro trimestre não foi bom”, Isto é o que afirma  Cláudio Considera, pesquisador associado do Ibre/FGV.

O mesmo órgão diz que até o final do mês deve publicar o resultado do PIB do primeiro trimestre. Diz ainda a matéria que o estado brasileiro encontra-se com reduzida capacidade de gastos devido ao endividamento, que é da ordem de 80% do PIB.

Do ponto de vista da política, parece que a adesão pelo fora Bolsonaro por parte da direita, indica a possibilidade de ser ampliado para o fora Guedes. Se tal ocorrer quem seria o substituto? Mais ainda, o que de fato mudaria na política econômica? O mais correto a se pensar é que nada muda, seguirá a mesma política econômica que tem por fundo salvar a economia e os mais ricos, retirando a renda dos trabalhadores  e transferindo aos mais ricos.

Observamos essa política nas reduções de salários, emprego,bolsa família e aposentadorias/pensões, que estão sendo aprovadas a toque de caixa no congresso. Também quando destinam 1,2 trilhões de reais aos bancos e grandes empresas e aos trabalhadores míseros 42 bilhões. E parte destes últimos tem sido negado ou dificultado o acesso a esse benefício. Ainda não se pode entender por qual motivo a esquerda nacional comemorou essa esmola.

Pelo lado da economia, analisando a evolução do PIB divulgado pela mesma instituição – IBGE -, observa-se que o PIB saiu de baixa de cerca de 4,7 % em 2016 chegando a 1,2% positivo em 2017/18,vindo a sofrer leve baixa em 2019 e se estabilizando em torno de 1,1%.

Dessa forma a expectativa do atual ministro Paulo Guedes para um crescimento, não se encontra nos fatos, apenas nas expectativas que não se sabe de onde tirou. O IBGE coloca que a diferença entre o que a economia produziu de fato, comparado com o potencial que a economia tem de realizar, no primeiro trimestre, sofreu desvalorização de 4,5% para 4,3%. 

O que isso significa?

Significa que a economia tinha potencial para produzir mais do que na prática aconteceu. Parte dos fatores de produção (capital e trabalho) ficaram ociosos, não foram utilizados.Como se explica a redução? Pelo desemprego, queda no consumo das famílias, falta de expectativa de lucros com a venda dos produtos.

Num quadro de recessão mundial, onde o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a OIT (Organização Internacional do Trabalho) esperam que dos 189 países 170 sofrerão da redução do PIB em torno de 7% em média, a atividade de comércio deverá ter perdas da ordem de 11%, e o desemprego deverá aumentar, e com o desemprego aumentam a fome e a miséria, onde os trabalhadores irão se amparar?

A proposta mais viável para os trabalhadores, que estão jogados à própria sorte, é de se organizarem em conselhos de bairros. Pressionarem as entidades sindicais, governos municipal, estadual e federal, para se oporem às medidas de perdas de salário, de atendimento médico, a fome e o desemprego.

Ao se organizarem terão mais força para lutar contra a tragédia que está acontecendo, sendo que as expectativas para o futuro não são nada animadoras.

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