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Crise financeira

Merkel: 11 bilhões aos patrões, desemprego e doença aos operários

Merkel coloca mais uma vez de que lado está: da burguesia e do imperialismo

Durante a pandemia do coronavírus, alguns países têm sido destacados pela esquerda pequeno-burguesa como verdadeiros exemplos de como lidar com a crise sanitária que permeia o mundo neste momento. Dentre os científicos paladinos da saúde e do bem-estar social, vale citarmos a Inglaterra, a França e, por último, mas não menos importante, a própria Alemanha. Já sabemos que essa caracterização é simplesmente falsa. Afinal de contas, todos esses países praticaram exatamente a mesma política: a da burguesia.

Todavia, a Alemanha, em especial, se apresenta como uma verdadeira incógnita no sentido do apoio que recebe destes setores da esquerda, que juram que Angela Merkel, uma das maiores representantes do imperialismo, é basicamente um anjo da democracia. E, como em outras ocasiões, a atual situação política tem representado uma ótima oportunidade para desmascararmos todas essas ilusões.

Uma das provas de que determinado país não apresentou política adequada para lidar com a atual crise sanitária são os números da doença neste local, algo que a Alemanha tem de sobre: quase 1.400.000 casos confirmados e mais de 20.000 mortes.

Como interpretar estes dados e concluir que foi feito um bom trabalho? O fato é que, desde sempre, a política seguida por Merkel e, em geral, pela própria União Europeia, é a de salvar os grandes capitalistas. Logo no começo, a UE anunciou verdadeiras bazucas fiscais para garantir que seus amigos na burguesia não sofressem com a crise econômica catalisada pelo coronavírus. Agora, a Alemanha de Merkel faz o mesmo.

No último domingo (13), Merkel anunciou que irá fechar o comércio e as escolas entre os dias 16 de dezembro e 10 de janeiro. “Apenas” funcionarão serviços essenciais como farmácias, supermercados e bancos. Afinal, no atual estágio da pandemia, aplicar a política da burguesia de uma forma que não resulte – escancaradamente – na morte de milhares de pessoas é inviável.

Chega num ponto em que é preciso segurar a barra da situação por pelo menos alguns dias, realmente para não ficar claro a pretensão desse tipo de governo. Entretanto, frente a tudo isso, esperaríamos que a tão democrática e bondosa Merkel garantisse boas condições àqueles que sofrerão com esse tipo de política, não é mesmo? Decerto que seu posicionamento seria a criação de uma série de auxílios à população pobre que simplesmente não consegue sustentar a crise nas costas. Infelizmente, contrariando toda sua benevolência, Merkel entrega todo o dinheiro do povo aos capitalistas, e nada mais.

O governo anunciou que, durante este período, apoiará as empresas afetadas com o singelo valor de 11 bilhões de euros (cerca de R$67,5 bilhões) por mês. Merkel resolveu, de uma vez por todas, deixar claro quem ela irá ajudar, acabando com a economia Alemã em prol da burguesia, utilizando todo o dinheiro do povo para servir aos seus próprios interesses.

Enquanto isso, a população fica à mercê de sua própria sorte, sem qualquer auxílio efetivo por parte de Merkel que, desde sempre, governou para o imperialismo, e não para os trabalhadores. É mais uma prova cabal de que enquanto a classe operária não governar, não terá seus interesses atendidos pela burguesia, que é quem chega ao poder na atual correlação de forças da grande maioria dos países. Até lá, a pandemia e, consequentemente, a crise, continuarão, tendo como única saída real a própria luta de classes.

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