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Perseguição politica na França

Mélenchon é condenado à prisão por reagir a ação arbitrária da polícia

Líder do partido de esquerda A França Insubmissa, sofre perseguição politica diante da crise social e as greves que assolam o governo de Emmanuel Macron.

O líder do partido de esquerda, A França Insubmissa, Jean Luc Mélenchon, foi condenado nesta segunda-feira (9) a três meses de prisão com sursis e o pagamento de € 8.000 de multa pelo tribunal de Bobigny, no subúrbio de Paris. A acusação é de que Mélenchon teria provocado “rebelião e atos de intimidação” depois de um incidente envolvendo membros do partido, policiais e magistrados que realizavam uma operação de busca e apreensão na sede do partido.

Mélénchon denunciou um “julgamento político”, ao deixar a sala de audiência, nesta segunda-feira (9). “É uma comédia judiciária para me derrubar, o que é bem deplorável porque tem outros meios de me combater”, declarou.

No dia 16 de Novembro de 2018 aconteceram diversas operações policiais de busca e apreensão nos escritórios do partido, incluindo a sede e a residência de Mélenchon, que segundo um procurador de Paris, o líder da esquerda é investigado pelo financiamento ilegal da campanha eleitoral do partido A França Insubmissa, para as eleições presidenciais de 2017. Em um vídeo que circulou nas redes sociais, Mélenchon e alguns membros de sua equipe aparecem empurrando os juízes e policiais encarregados de vigiar a porta do local, a cena foi gravada pelo canal francês TMC e divulgada pelo programa “Quotidien”.

Foram condenados também os deputados Bastien Lachaud e o eurodeputado Manuel Bompard, os dois partidários do líder de A França Insubmissa terão que pagar multas de respectivamente € 6.000 e € 7.000, o partido terá que pagar € 150.000 de custos processuais.

Em setembro de 2019 a legenda partidária de Mélenchon se antecipava e denunciava a perseguição política e a campanha brutal da imprensa contra o líder do partido de esquerda, que através de um comunicado acusaram o governo de instrumentalização da justiça para fins políticos. Apesar de não ter sido preso como o ex-presidente Lula aqui no Brasil, o caso de Mélenchon é muito parecido com o que vem ocorrendo no Brasil com lideranças de esquerda e o aparelhamento da justiça brasileira para fins de perseguição política.

Em meio a crise política, na França fica claro o caráter de perseguição política a mais um líder da esquerda. Mélenchon chamou a acusação de “motivação política”. Ele acusa o presidente Macron de defender os interesses de uma poderosa elite empresarial, em vez de combater a pobreza generalizada.

Com mobilizações que antecederam em cerca de um ano atras as manifestações que atualmente assistimos na America Latina, os Coletes Amarelos na França, já se organizava nas ruas contra o governo e as politicas neoliberais implantadas pelo atual presidente Emmanuel Macron que vem retirando diretos da população em geral, atacando diretamente as classes trabalhadora e o setor mais esmagado do povo francês.

As greves da ultima semana contra a reforma da previdência na França tomaram proporções gigantescas e levaram cerca de um milhão de trabalhadores nas ruas do país e em torno de 250 cidades, pararam 90% dos transportes no país, afetando também todos os setores públicos e privados, a CGT chamou novas greves para o dia 10 de dezembro.

De acordo com Rui Costa Pimenta na Analise Política Internacional transmitida pela COTV na sexta-feira passada (6) cujo tema era “França: a classe operária contra Macron” ao contrario do que vários analistas políticos e economistas disseram quando vieram a publico para tentar deslegitimar e desmerecer a luta e mobilização dos coletes amarelos, com as greves organizadas agora, as mobilizações daquele país entrou em uma nova etapa, agora com sindicatos e partidos políticos estão tomando características revolucionarias.

Diante desse quadro que é a acensão do movimento operário contra os governos direitistas em todo o mundo, a prisão, intimidação e perseguição politica de lideranças de esquerda se tornou o modus operandi da burguesia direitista e extrema direita não só na França, mas em todos os países que atualmente encontra-se em convulsão social contra os governos neoliberais inclusive na América Latina.

 

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