As mulheres são um grupo muito afetado pela crise financeira, fato esse que sempre denunciamos e continuaremos denunciando. A nova pesquisa trimestral da CNI (Confederação Nacional da Industria) que afere os índices de medo do desemprego e satisfação com a vida entrevistou duas mil pessoas em 127 municípios do país entre os dias 17 e 20 de setembro. A pesquisa trouxe novos dados sobre grupos da população, com destaque para as mulheres e os jovens.
Os dados colhidos evidenciam a disparidade entre homens e mulheres na questão do emprego. Enquanto os homens possuem 46,8 pontos no índice de medo do desemprego, as mulheres possuem 62,4 pontos. Uma diferença de 15,6 pontos e que aponta fortemente para a fragilidade do emprego para as mulheres. A juventude também se encontra sobre medo do desemprego, tendo índice na casa dos 57 pontos.
A interpretação correta dos dados passa pelo reconhecimento dos ataques que a burguesia em geral faz às mulheres e à juventude por meio da política bolsonarista e também da política civilizatória. Como grupos significativamente grandes de nossa sociedade e que necessitam de suporte social, o ataque às estruturas de apoio à mulher e à juventude tem papel crucial no cerceamento dos direitos da mulher e do jovem.
Precisamos esclarecer a confusão posta pela imprensa golpista de que o índice caiu em comparação com outros meses do ano passado. Essa comparação não aponta para o progresso da recuperação econômica para população. Mas aponta para o sucesso do roubo do povo pelos patrões, ou seja, essa é a visão patronal da economia nacional.
O projeto fascista da burguesia tem como consequência submeter a mulher a escravidão doméstica de cuidar de filhos e outros dependentes, sem fonte alguma de renda, o que a faz depender do marido e aceitar todo tipo de violência. Esse é o maior objetivo dos inimigos das mulheres e do povo pobre em geral. O lugar da mulher deve ser no trabalho produtivo e remunerado, resguardados os seus direitos e com apoio da sociedade.
Precisamos denunciar toda a corja golpista e fascista que promove uma política de ataques desenfreados contra as mulheres sob inúmeros pretextos e desculpas para nos tornar escravas do lar, para retirar direitos e o apoio social indispensável nos tempos de pandemia e crise econômica. Precisamos esclarecer que a mulher não está insegura ou preocupada com o desemprego, esse medo é impulsionado pelos ataques que sofremos diariamente e que se manifestam em várias esferas da vida social, não só no trabalho. Precisamos nos unir contra o representante fascista e inimigo das mulheres! Fora Bolsonaro! Fora também todos os golpistas fascistas que vivem da demagogia com a mulher! Por Lula Candidato!