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Votação da MP 905

Mediocridade da esquerda celebra “reduzir a maldade” de Bolsonaro

O PCdoB é o mais legítimo representante da esquerda parlamentar adaptada à política da direita, na medida em que não atua para denunciar os golpistas da direita e extrema direita

A miséria político-ideológica da esquerda nacional parece mesmo não conhecer limites. Paralisada e sem apresentar qualquer iniciativa eficaz e consequente que vá no sentido de denunciar as atrocidades e os ataques do governo burguês-golpista contra o País e os trabalhadores, as massas populares, os representantes da “oposição” parlamentar atuam como peças de uma engrenagem completamente a reboque da os partidos burgueses, da direita e da extrema direita congressual.

O que se vê é que não há qualquer mínimo esforço para fazer da atividades parlamentar (por si só, limitadíssima) uma tribuna de denúncia da direita nacional, que domina completamente a cena institucional-parlamentar do País, muitas vezes, inclusive, com a complacência da própria esquerda, que se coloca, em algumas situações, como força auxiliar do conservadorismo burguês-reacionário do Congresso Nacional, completamente dominado pelas piores máfias, que conspiram diuturnamente contra o povo trabalhador e os explorados do País.

Sem programa e sem um objetivo claro que possa se colocar como força popular para enfrentar os golpistas no terreno parlamentar e nas ruas, convocando mobilizações para a luta contra o governo, a esquerda parlamentar (PT, PCdoB, Psol) é a própria imagem da prostração e  da capitulação vergonhosa diante da direita. Mesmo imersa em uma as maiores crises das últimas décadas, a burguesia e o governo que a representa não são ameaçados; ao contrário, os golpistas, diante da ausência de qualquer ação que a incomode, segue atacando os trabalhadores e destruindo a nação.

A última proeza realizada pela “esquerda parlamentar” veio de um velho e conhecido autor de peças de  encenação do picadeiro parlamentar. O PCdoB, partido protagonista do que há de mais inócuo e confuso na arena congressual, acaba de brindar os trabalhadores brasileiros com mais uma de suas pérolas. Na terça-feira, dia 14, durante a votação da MP 905 (mais um ataque dos golpistas contra os direitos e conquistas dos trabalhadores), o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), comemorou nas redes sociais o que para ele parece ter sido uma grande ‘vitória”. O deputado, diante da derrota inevitável da “oposição” em mais uma ofensiva contra os explorados e as massas populares, se contentou com o fato de ter, supostamente,  “evitado o pior”. Ao destacar o papel da “oposição”, Orlando Silva declarou que “não foi possível encontrar um ponto de equilíbrio, mas o esforço de diálogo com o relator resultou na diminuição das maldades promovidas por Bolsonaro”. “Ele destacou que se evitou a redução de 40% para 20% da multa do FGTS para os trabalhadores demitidos e o fim da obrigação dos 30% como adicional de periculosidade” (Portal Vermelho, 15/04).

É isso. As declarações do deputado paulista não deixam dúvidas em relação ao horizonte político de um setor da esquerda nacional. Trata-se de uma política diminuta, covarde, prostrada, raquítica e vergonhosa. De acordo com Orlando Silva, não há o que fazer a não ser adotar uma política de “redução de perdas”, de se “evitar o pior” para o País e os trabalhadores.

Esta postura condiz e é coerente com o que estamos assistindo em todas as regiões do País. Enquanto há um gigantesco clamor popular pelo fim do governo Bolsonaro; pelo fim do governo reacionário que vem promovendo a maior obra de destruição do País, da economia nacional e atacando duramente as condições de vidas da população, os representantes da esquerda brasileira brincam e se divertem alegremente com seus pares no congresso. Sequer abraçar a luta pelo “Fora Bolsonaro” figura no medíocre horizonte da esquerda nacional, que vem adotando uma conduta rigorosamente capituladora e vergonhosa diante da crise epidêmica nacional, incluindo aí elogios à atuação de ministros bolsonaristas (Mandetta). Um verdadeiro escárnio contra a maioria explorada da nação, que vem se infectando com o coronavírus como resultado da mais completa inação do Estado, sob os olhares complacentes e as bençãos da esquerda nacional.

 

 

 

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