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Mulher custa menos

Médicas ganham 40 mil libras por ano a menos que médicos na Inglaterra

A falsa emancipação: o sistema britânico ao tratar de forma distinta os direitos de homens e mulheres , incentiva a discrepância salarial entre os sexos

Em matéria publicada no britânico The Independent, foi destacada a diferença salarial entre trabalhadores médicos do sexo feminino e masculino no serviço de saúde britânico. A matéria evidencia que os ganhos das mulheres são 35% menores que os dos homens, sendo assim a maior diferença salarial do Reino Unido.

Chris Thomas, pesquisador do IPPR (Institute for Public Policy Research) e principal autor do estudo, disse: “A diferença salarial é uma acusação chocante da desigualdade na medicina e na sociedade mais amplamente. Tal como está, a diferença salarial é o equivalente a trabalhar de graça entre o final de semana do feriado de agosto e o Natal.”

Entre os fatores que provocam a desigualdade de rendimentos, é colocado pelo autor a diferença salarial entre os médicos contratados pelo sistema de saúde e aqueles apenas associados. O estudo traz à tona o fato de que 80% dos médicos associados são do sexo masculino enquanto que no sistema público equivalem a 50%.

A existência de mais mulheres no sistema público decorreria dos incentivos governamentais para as mulheres com filhos . Por exemplo a possibilidade de trabalhar meio período, além das licenças maternidade bem superiores às licenças paternidade , o que atrairia mais as mulheres para o serviço público em detrimento do sexo masculino.

A diferença de remuneração entre os sexos é amplamente denunciada principalmente entre as militantes do movimento de mulheres. É preciso lutar pela igualdade de remuneração em todos os setores laborais por uma questão de justiça social, democrática. A ascensão profissional da mulher é fato consumado, em algumas profissões, em especialmente na saúde no Brasil, as mulheres já ocupam 90% dos postos de trabalho. Mesmo assim algumas profissões ainda são dominadas pelo sexo masculino em decorrência da estrutura de histórica opressão das mulheres, que tem continuidade no capitalismo.

Porém é necessário destacar os fatores que levam as mulheres a procurarem certos gêneros de trabalhos em detrimento de outros. No caso dos médicos britânicos, fica evidente que a procura pelo serviço com maior flexibilidade de horários e facilidades para a mulher trabalhadora que apesar de ocupar amplamente os espaços na economia capitalista, ainda não se libertou da responsabilidade do cuidado da casa e da família, algo extremamente opressor.

A independência feminina e a emancipação da mulher não passam exclusivamente pela equivalência salarial com o sexo masculino (embora essa seja uma das lutas mais importantes do movimento feminino) ou simplesmente mudança de valores morais que em tese determinariam as atribuições do homem e da mulher em relação ao cuidado da família e as funções na sociedade.

Ela necessariamente depende da criação de condições para que a sociedade tenha a possibilidade de distribuir as tarefas do lar libertando a mulher do estigma de cuidadora da prole. As licenças maternidade e paternidade por exemplo poderiam ser idênticas para que a responsabilidade do cuidado do recém-nascido fosse a mesma como modo de reformar essa questão. Mas o que seria de fundamental importância é a criação de ambientes comuns para o cuidado das crianças pela própria comunidade, assim como outras tarefas domésticas, por exemplo a lavagem de roupas e de louças, o que possibilitaria à mulher uma integração maior com a sociedade e o compartilhamento do trabalho com suas camaradas e com os seus camaradas homens.

A quantidade de creches disponíveis para que as mulheres pudessem assumir com tranquilidade os postos de trabalho também deveria ser ampliada. As remunerações tanto do homem quanto da mulher de forma digna , permitindo a qualidade de vida das pessoas. As diferenças salariais decorrem da situação de aprisionamento da mulher à prole e ao lar as impedindo de assumir responsabilidades mais amplas fora do ambiente doméstico e da falta de meios para que as famílias modifiquem as rotinas às quais estão submetidas.

A sociedade capitalista ao explorar o trabalhador submete a mulher a uma falsa emancipação que só será superada com a verdadeira justiça social que jamais será alcançada no sistema vigente. Essas mudanças, de importância decisiva no caminho para a libertação da mulher, só podem ser atingidas em uma sociedade superior, a sociedade socialista.

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