O governo do fascista Jair Bolsonaro atravessa uma gigantesca crise, isso pela sua incapacidade, até o presente momento, de conciliar os interesses dos diversos setores da burguesia nacional e internacional no país, bem como pela falta absoluta de autoridade política diante da população. Disso já resultou a queda de dois ministros de Estado em cerca de três meses de governo.
O mais recente ministro deposto, de uma das mais importantes pastas do governo, o Ministério da Educação, agudiza a crise do governo, que se expressa no embate entre a ala bolsonarista propriamente dita (ideológica) e os militares que compõem o governo. O colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, um desclassificado que ofendeu todo o povo brasileiro, foi colocado como Ministro da Educação por indicação do mentor “intelectual” e ideólogo do bolsonarismo, Olavo de Carvalho. Contudo a importância da pasta, criou uma disputa, que neste caso ficou muito nítida, entre os militares e o bolsonarismo ideológico, se assim podemos chamar.
A disputa entre as duas alas do governo levou Rodrigues a realizar uma depuração dos elementos olavista do MEC em favor dos militares, teve de conter loucuras que pretendia fazer na pasta em favor das loucuras que os militares pretendem, ou seja um recuo da ala olavista em relação ao militares. A substituição do ministro, anunciada pelo fascista Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (08), é uma resposta da ala bolsonarista/olavista aos militares que estão controlando em grande medida a pasta.
O novo ministro anunciado é Abraham Weintraub, um economista e professor universitário da extrema-direita fascista, ferrenho olavista e anticomunista, homem de confiança de Bolsonaro. Um lunático tanto quanto ou ainda mais do que o Vélez Rodríguez. Segundo a imprensa capitalista, o novo ministro prepara uma reorganização do ministério, um espirro dos militares da pasta, já que ocupam cargos importantes, é recontratar os “olavetes” que haviam saído no Ministério.
O golpe como um todo, tanto militares quanto bolsonarista, realiza uma gigantesca investida contra a Educação pública, a subido do novo ministro é um esforço do governo neste sentido, de superar as contradições na pasta e passar a um ataque profundo contra o povo. É preciso reagir, mas não é trata, evidentemente, de escolher que melhor coveiro da Educação, se militares ou bolsonaristas/o lavistas, trata-se de valer-se da confusão e da divisão nas fileiras inimigas para impor uma derrota em defesa da Educação pública. Só a mobilização dos estudantes e das massas populares podem barrar a ofensiva da extrema-direita. É preciso organizar e exigir o derrubada deste governo. Fora Bolsonaro!