Inicialmente utilizada pelo governo bolsonarista como plataforma para figuras como Olavo de Carvalho se promoverem, a TV Escola, uma instituição pública sustentada pelo Estado brasileiro, veio a sofrer outro duro ataque, este que pretende-se ser definitivo.
A TV Escola é um canal criado no início dos anos 90, pertencente ao Ministério da Educação, que teve origem na cidade do Rio de Janeiro. Conhecida por seus programas e séries educativos, assim como iniciativas voltadas à sala de aula e ao dia-a-dia do professor, a TV Escola passou a ser atingida pela política golpista, sobretudo ao inciar-se o governo de Jair Bolsonaro.
Os primeiros ataques vieram com a política de censura à instituição e de auto promoção do governo por meio de seus canais. O próprio Jair Bolsonaro definiu o canal como propagandístico das ideias da esquerda, em uma grande propaganda contra o órgão público.
Toda esta campanha foi o pontapé para a censura e o controle, que assim como toda educação brasileira, é um dos alvos prioritários do golpe e da extrema-direita. Os ataques à TV Escola fazem parte da onda geral da política destrutiva dos fascistas contra a educação, a autonomia da comunidade acadêmica, a censura e a perseguição e destruição do movimento estudantil.
É ligado à educação onde encontrasse diversas das principais organizações de mobilização do povo brasileiro, sobretudo sua juventude radicalizada que encontrou-se amplamente mobilizada no ano de 2019.
Agora, após a censura veio a destruição. O ministro da Educação, o fascista Abraham Weintraub, apoiado por Bolsonaro, decidiu por anunciar o fim da TV, o estopim para a promoção de uma demissão em massa, de centenas de trabalhadores.
O anúncio pegou de surpresa os funcionários de surpresa, e por mais que que o anúncio foi feito a conta gotas, sem demitir em larga escala os trabalhadores de uma vez, o governo deixou claro que a decisão pode ser tomada em poucos dias.
A Acerp, entidade que controla a TV declarou que a tomada de posição do MEC foi como um despejo, além disso informou que “nesse momento está sendo feito um estudo de readequação do quadro de colaboradores em função da não renovação do Contrato de Gestão por parte do MEC”, que por fim pode terminar a qualquer momento, desencadeando já nas primeiras demissões, o que aos poucos irá assumir um caráter geral.
Mesmo com a tentativa de amenizar os ânimos por parte da organização, os trabalhadores sentem que uma demissão em massa está a caminho e por isso planejam se mobilizar em conjunto, já neste dia 27, para lutar contra a decisão do governo.
Toda esta situação reflete o aprofundamento dos ataques do governo contra o povo e a crise geral que aos poucos, obriga diversos setores da sociedade em se unificar na luta contra Bolsonaro.