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“Me engana que eu gosto”: militares que preparam golpe dizem que irão respeitar a Constituição

Nesta última quarta-feira (24) a cúpula das Forças Armadas se reuniu em Brasília, em um encontro de cerca de três horas, alegando discutir problemas orçamentários, mas na verdade a reunião tratou dos temas em que os militares mais atuam desde o golpe de 2016: política e poder.

Em teoria, a única missão das forças armadas seria a defesa do povo brasileiro contra algum inimigo externo que ataque nosso país, tente roubar nossas riquezas ou até mesmo tutelar e escravizar nossa população.

Mas no Brasil é justamente o oposto.

Os militares atuaram desde o início do processo golpista, avalizando e instigando, nos bastidores, a derrubada da Presidenta Dilma Rousseff, que inaugurou um período de entrega praticamente gratuita das riquezas e patrimônio nacional, e plena liberdade para as empresas de rapina em nível mundial venham ao Brasil superexplorar nosso povo.

E exatamente por serem os grandes patrocinadores do golpe, os militares estão de fato cada dia mais à vontade para se meterem em assuntos que deveriam ser totalmente civis, subvertendo a pouca ordem democrática que havia prevista em nossa Constituição.

Já não bastasse terem nas mãos o Executivo, através do superministro Etchegoyen, o Judiciário, hoje tutelado diretamente pelo general Fernando Azevedo e Silva, e isto sem falar na imensa bancada militar, recém eleita para dominar o Congresso, além do próprio Bolsonaro e seu “general de guarda”, o Sr. Mourão, na reunião desta quarta-feira, os milicos golpistas decidiram que também vai ter general atuando diretamente sobre as mais que fraudadas eleições presidenciais, para “moderar os ânimos”, seja lá o que isto signifique.

Falando em português claro, o general Augusto Heleno Pereira, que liderou a missão da ONU no Haiti na década passada, foi nomeado pelos seus pares como o censor que irá dizer o que os candidatos podem ou não podem dizer.

E não vai ser só nas eleições.

O general está designado para continuar a cumprir esta mesma função de censor, não importa quem seja eleito. É a este trabalho para lá de golpista, que os militares estão chamando de atuar com “fidelidade” e “empenho profissional” ao governo eleito, “cumprimento da missão constitucional”.

Ora, não é “missão constitucional” de forças armadas nenhuma, em nenhum Estado Democrático, “moderar os ânimos” de candidatos, para dizer, desdizer ou pedir explicações sobre o que governos e candidatos falam com o seu próprio povo.

O que os generais estão deixando totalmente claro é que continuarão sua sanha golpista, tomando cada vez mais poder dos civis e levando o país para onde bem querem, sem nenhuma legitimidade popular nem qualquer atenção aos mínimos ditames democráticos.

São as tais “aproximações sucessivas” anunciadas pelo general Mourão no ano de 2017 e que estão em plena atividade, corroendo por dentro o regime que, a cada dia que passa, se torna mais e mais um Estado Militar e policialesco, na missão de afastar totalmente o povo do poder, destruir suas organizações independentes e submeter as massas às vontades da meia-dúzia de bugueses que controlam o país inteiro e baixam a cabeça para o império das grandes empresas e bancos monopolistas internacionais.

Para tirar esta corja verde-oliva golpista e entreguista do poder, somente o povo organizado e em luta, unido através dos comitês de luta contra o golpe e atuando na rua e por meio de greves  e mobilizações cada vez mais amplas.

Não há outra saída.

Lugar de soldado é no quartel. Fora militares e não à ditadura militar!

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