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Imperialismo

McDonald’s e Nestlé mostram: ambientalismo serve aos monopólios

Não podemos cair na demagogia das grandes empresas que, visando a instensificação do processo imperialista, utilizam a demagogia do ambientalismo corporativista para enganar o povo

Nesta última segunda-feira, o governo do Reino Unido realizou uma consulta pública sobre novas leis contra o desmatamento. Segundo proposta de lei, seria preciso comprovar a origem de produtos agropecuários, por meio de um rígido controle de suas cadeias de suprimento, para que as grandes empresas que operam no Reino Unido possam vender seus produtos. Ademais, passaria a ser proibida a venda de artigos que não cumprissem as leis de proteção ambiental em seus países de origem.

No mesmo dia, um grupo de 21 grandes empresas enviaram uma carta aberta ao governo britânico exigindo o acirramento de leis que visam combater a destruição de florestas tropicais para produção de commodities como carne, cacau, soja, borracha e óleo de palma. Dentre as companhias que assinaram a carta, encontra-se as redes de restaurantes McDonald’s e Nando’s, as fabricantes de alimentos Nestlé e Mondelez, a rede de supermercados Tesco, e grandes produtores de proteína, como a Pilgrim’s Pride, dentre outras.

Apoiamos totalmente a intenção do governo de desenvolver uma estratégia coordenada para estabelecer condições equitativas para que commodities sustentáveis sejam a norma no Reino Unido e além. Este é um passo à frente, mas não suficiente para interromper o desmatamento, e encorajamos o governo a ir além. Escrevem as empresas na carta.

Frente à declarações como as vistas acima, não podemos nos deixar enganar. Devemos lembrar que as principais responsáveis pelo atual estado do planeta no que diz respeito à sua condição ambiental são as grandes empresas. Esse tipo de mobilização não passa de uma demagogia quase que irônica com a classe operária mundial. O fato é que, o ambientalismo exposto pelos grandes conglomerados empresariais serve à um propósito muito evidente: interferir em assuntos internos de países atrasados, nada mais.

No Brasil, temos uma prova muito clara disso. Desde sempre, nosso país tem sido alvo principal dos países imperialistas no que diz respeito à exploração de nossos recursos naturais. A Amazônia, por exemplo, sofre duas frentes de ataques constantes: uma proveniente do próprio Governo Federal que, agindo à serviço dos interesses dos grandes latifundiários e, até mesmo, do próprio imperialismo, explora de forma desenfreada os recursos da região; a outra vem do próprio imperialismo que, de forma falaciosa, utiliza a situação da Amazônia – engendrada por ele mesmo – como desculpa para intervir na economia e na soberania brasileira. Vimos exemplo disso recentemente na fala de Joe Biden que ameaçou impor sanções econômicas contra o Brasil caso seja eleito e a situação nacional não seja controlada pela administração de Bolsonaro.

Além do exemplo de Biden, temos os exemplos de Greta Thunberg que, por bem ou por mal, defendeu os interesses intervencionistas do imperialismo. Ademais, não podemos nos esquecer que, há alguns meses atrás, os principais bancos privados brasileiros se juntaram para financiar essa operação em conjunto com o próprio governo golpista de Bolsonaro.

Nesse sentido, fica claro que o único interesse dos monopólios ao propagar e, finalmente, impor uma política ambientalista se dá na manutenção da hegemonia do imperialismo e, ademais, na intensificação de sua dominação sobre os países atrasados. Afinal de contas, como será possível defender ao mesmo tempo em que se destrói o meio ambiente? Decerto que representa uma contradição intransponível que deve ser denunciada categoricamente por este Diário e por toda esquerda que se considera minimamente progressista.

No final, é óbvio que não se pode deixar passar a agressão que o governo de Bolsonaro tem feito sobre a fauna e a flora brasileiras. Todavia, a luta contra isso deve ser feita pela população nacional, e não por países estrangeiros, acima de tudo, expoentes do imperialismo. É nesse sentido que se mostra necessário travar uma luta da classe operária contra o imperialismo e contra o golpe de estado – inequivocamente feito pelo primeiro. Afinal, é a única forma de reverter o estrago já feito pela burguesia sobre o nosso território e estabelecer, finalmente, um governo operário dos trabalhadores da cidade e do campo.

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