Durante a operação de guerra montada pelo governos golpistas e latifundiários do Mato Grosso do Sul na cidade de Caarapó, na fazenda Santa Maria, localizada dentro da Terra Indíegna Tey’i Kue, o indígena Ambrósio, 70 anos, líder espiritual da comunidade indígena Guarani-Kaiowá, foi preso.
Durante a operação a PM alegou que Ambrósio ameaçou e atacou os policiais do choque fortemente armados com um facão e foi controlado com tiros de balas de borracha e preso após o ocorrido.
A versão dos policiais e da secretaria de justiça do Estado do Mato Grosso do Sul é tão absurda que revela o modus operandi da polícia em forjar provas para justificar as prisões arbitrárias e intimidatórias.
Ambrósio possui 70 anos e não ameaça ninguém, muito menos policiais fortemente armados do batalhão de choque. O indígena idoso, que trabalha na roça desde criança, possui 1,50 metros de altura e sequer consegue levantar um facão, na qual está sendo acusado. Durante a operação de guerra realizada pela policia militar, com apoio de helicópteros, o líder espiritual realizava uma reza para proteger os indígenas que estavam sendo atacados.
Por esse motivo e representar um enorme perigo para os policiais militares do choque, Ambrósio se encontra preso desde então sem comunicação com seus familiares.
A farsa é tão evidente que deve ser amplamente denunciada e as organizações sindicais e sociais lutarem pela liberdade do líder espiritual dos indígenas, seu Ambrósio. Essa é mais uma prova que a operação montada pelo governo do Estado contra os indígenas é uma grande farsa para perseguir e reprimir a luta dos povos indígenas para conquistar suas terras.