Da redação – Na manhã desta quarta-feira (13), dois ex-alunos da Escola Estadual Raul Brasil, localizada na cidade de Suzano (São Paulo), adentraram a instituição e atiraram contra estudantes e funcionários do local. Foram contabilizados, até agora, oito óbitos e 23 pessoas feridas, que foram encaminhadas a hospitais da região, além dos próprios atiradores, que teriam cometido suicídio, segundo a polícia.
Sobre o massacre, manifestaram-se, de forma demagógica, o ministro da educação, Ricardo Vélez, o ministro da justiça e capacho do imperialismo, Sérgio Moro e o atual governador do Estado de São Paulo, João Doria. Afirmam “profundo pesar” pelo ocorrido, “solidariedade à família” e apoio ao governo. As declarações deles são, porém, completamente vazias e mentirosas, principalmente tendo em vista que todos eles massacram, diariamente, o direito da classe trabalhadora.
Ricardo Vélez, ministro da educação, por exemplo, vem atacando brutalmente os estudantes. Um dos maiores impulsionadores da censura nas escolas, que quer proibir que determinados assuntos sejam discutidos em sala de aula, pois, segundo ele, os professores tentam doutrinar os alunos para se tornarem marxistas. Defende também a privatização das colégios públicos, impedindo o acesso de milhares de crianças e jovens a educação.
Não obstante, defende que as universidades, de todo país devem ser frequentadas apenas por uma “elite intelectual” -como ele próprio denomina-, na tentativa de justificar o fato de muitos trabalhadores não conseguirem ingressar em instituições de ensino superior. Também quer a ampliação dos cursos técnicos como ferramenta única para a inserção de jovens no mercado de trabalho.
Sérgio Moro, atual ministro da justiça e capacho do imperialismo, foi responsável pela prisão política do maior líder da classe operária: Lula. Enquanto membro do poder judiciário, destruiu vários princípios constitucionais, em especial o direito de não ser preso enquanto houver recurso pendente de julgamento. Vale lembrar que ele também apresentou ao Congresso Nacional um pacote de segurança nacional, que visa massacrar a população pobre.
Das principais medidas de ataque, pode-se destacar a possibilidade de prisão em segunda instância, prisão imediata se sentença fruto do tribunal do juri, e a exclusão de ilicitude, ou seja, a não penalização de policiais que matarem alguém sob “forte emoção ou escusável medo”. Ou seja, dar carta branca para a polícia cometer ainda mais massacres.
Já João Dória, é um grande apoiador do extermínio dos militantes de esquerda, dos sem terra e dos pobres, com uma política de apoio total à PM fascista, aos latifundiários e ao encarceramento em massa. Vale lembrar que ele, juntamente ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas, dão carta branca para polícia para usar a violência contra os professores. Em protesto realizado pela categoria, contra a reforma da previdência, os educadores foram brutalmente reprimidos, agredidos e vários precisando de atendimento médico urgente, em decorrência da ação truculenta da Polícia.