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Ela quer a "frente ampla"

Marta Suplicy, traidora e golpista

Ex-ministra de Dilma que participou do golpe e apoiou a derrubada da primeira mulher eleita presidenta da República quer voltar ao governo da capital em uma frente com golpistas

Deixando sua anunciada “aposentadoria” da vida política e em plena campanha para ser a candidata de amplos setores golpistas da burguesia para o executivo paulistano, a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy, que deixou o PT que lhe promoveu na carreira política para ingressar no MDB de Temer e Eduardo Cunha e apoiar o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT), deu, nos últimos dias, inúmeras declarações defendendo a política de setores da burguesia golpista, bem como de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa (como o PCdoB e a direita do PT) de que quer “ajudar na criação de uma frente ampla“.

Cinicamente, a ex-ministra do governo Dilma e que durante muitos anos buscou se apresentar representante eleitoral dos interesses das mulheres e que participou ativamente das articulações golpistas para derrubar a primeira presidenta eleita pelo povo brasileiro apoiando a operação orquestrada pelo imperialismo e viabilizada pela direita (hoje disfarçada de “centro”) e extrema direita brasileira, declarou que assume essa posição para se colocar contra o “retrocesso no processo civilizatório”. Justamente ela que “lambeu as botas” de toda a máfia direitista ( (e também teve as mãos beijadas) apoiando à chegada ao poder da pior escória, inimiga do povo brasileiro, defensora da retirada dos direitos conquistados pela luta dos trabalhadores em décadas de luta. Chegando ao ponto de render homenagens a figuras de proa da direita fascista e do golpe como a atual deputada e ex-deputada estadual (PSL-SP) e ele-deputada contratada pelo PSDB para o processo fraudulento do impeachment, Janaína Paschoal.

A ex-prefeita, amplamente repudiada pela população paulistana por seus ataques contra a população pobre, como na famosa criação da taxa de lixo que lhe valeu o apelido de Martaxa, que também teve as mãos beijadas pelos verdadeiros criminosos que tramaram e organizaram o golpe contra Dilma, o PT e todo o povo brasileiro, que se encontra “sem partido” se colocou no “mercado” eleitoral, como típica política burguesa e reacionária que é, anunciando que “está disposta a cumprir qualquer função nas eleições do ano que vem”, alimentado as especulações de que poderia ser candidata a prefeita ou a vice em uma frente de partidos que incluísse outros golpistas do PDT, PSB etc.

Estas e outras declarações foram dadas à imprensa golpista e outros interlocutores, em jantar no final do mês passado em que participaram, entre outros, o ex-governador Márcio França (PSB), pré-candidato a prefeito; o ex-deputado Gabriel Chalita (que também está sem partido), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT); o deputado Marcelo Freixo (PSOL), pré-candidato à prefeitura do Rio; o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. Na oportunidade a aliada de Michel Temer no golpe despistou anunciada que não tem propósito de ser candidata, afirmando que seu propósito “é ajudar”.

Esqueceu de esclarecer que além de ajudar a si mesmo a se promover, como sempre fez, estaria também a serviço de ajudar a direita repudiada e desacreditada diante da população a se recompor, a reciclar e a se apresentar como “civilizada”, mesmo diante da selvageria política que promoveu contra todo o povo brasileiro, não só impondo Temer e Bolsonaro como presidentes (ambos tiveram o apoio efetivo desses “civilizados”) , ms apoiando todo o tipo de ataque contra o povo brasileiro, promovendo o maior retrocesso nas condições de vida de todos os tempos.

Além de se insinuar como possível candidata de uma frente burguesa alternativa ao PT, ou seja, de direita, a candidatíssima ex-prefeita também recebeu afagos de dirigentes do PT (inclusive do próprio ex-presidente Lula) o que gerou enorme descontentamento de setores do próprio partido, incluindo lideranças políticas como a ex-presidenta Dilma e o dirigente nacional do MST, João Pedro Stédile, dentre muitos outros.

O apoio à candidatura de Marta da parte de setores da esquerda que foram vítimas e que lutaram contra o golpe representaria uma rendição a uma traidora e golpista, totalmente comprometida com os interesses das alas mais reacionárias da burguesia, desde sua presença no PT.

Contra essa politica reacionária e contra a ilusão nas eleições controladas pela direita, é preciso apoiar a resolução adotada na II Conferência Nacional dos Comitês de Luta que deliberou não só se opor à essa política de frente com os golpistas, mas também impulsionar também nas eleições a luta contra os golpistas, pelo Fora Bolsonaro e pelas reivindicações dos explorados duramente atacados por Marta e seus pretendidos aliados da “frente ampla”.

 

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