O dia 20 de abril, dia de nascimento de Adolf Hitler, sempre é marcado por acontecimentos, pequenos em sua maioria, mas que demonstram a existência, e, no atual momento da história, o crescimento do nazi-fascismo.
No sábado, 21 de abril, na cidade de Newnan na Georgia (sul dos Estados Unidos, palco de conflitos históricos na época da luta do povo negro por direitos civis) aconteceu uma mini-marcha, com cerca de 30 neonazistas. Pequena, mas significante para o momento político atual, especialmente nos Estados Unidos. Significante porque a extrema-direita mostra a sua cara. Tenta tomar as ruas. E politicamente pela crise mundial.
Algumas horas depois, em Draketown, perto de Newnan, houve um agrupamento, também pequeno mas muito mais extremo. Abaixo o vídeo.
A população da cidade inteira se revoltou com a autorização da cidade para a marcha sem antes consultar os moradores. Uma manifestação anti-fascista se prontificou, e, cerca de quatro vezes mais manifestantes circundaram os neonazistas.
Os comerciários se manifestaram, pois os moradores não foram consultados pelo governo da cidade antes de permitir o agrupamento neonazista. Os residentes também fizeram uma petição no site da organização Change.org (mudança.org) contra a marcha.
O governo mobilizou 700 policiais para que o conflito em Charlottesville (de proporções muito maiores), em agosto do ano passado, não se repetisse: mas vemos pra que serve o aparato repressivo do Estado; pelo menos 10 pessoas do movimento anti-fascista, que contava com cerca de 100 pessoas, foram presas. O fascismo cresce com apoio da burguesia e as instituições se calam frente aos atos mais exaltados (que tende a se intensificar mais se não houver reação) desses fascistas.
Em Charlottesville, Heather Heyer de 32 anos foi assassinada quando um motorista neonazista avançou contra os manifestantes anti-fascistas. O povo não pode se calar e deve combater esses movimentos fascistas.
Lutar contra o fascismo
Com a polarização do regime político que acontece no mundo todo, e, que se apresenta de forma bem delimitada nos Estados Unidos, a extrema-direita, minoria, se sente confortável com o governo Trump para sair às ruas. Trump, o partido republicano e o partido democrata, não conseguem solucionar a crise política e econômica mundial, fruto da decadência do imperialismo.
Para responder a isso, povo se reúne em quantidade muito maior nas ruas de todo o mundo. As ruas sempre foram terreno da esquerda. Trump não se manifesta contra os neonazistas, mas o povo sim, e, ao invés de pedir para o presidente de direita (o que seria ridículo) proibir as manifestações, sai às ruas e fazer o que deve ser feito: enfrentar a extrema-direita.