O melhor lateral do mundo, Marcelo, jogador do clube espanhol Real Madrid, voltou aos gramados após a paralisação das atividades esportivas por causa do novo coronavírus no país que durou quase quatro meses.
O brasileiro foi autor do terceiro gol do time madrilenho ainda no primeiro tempo de partida no estádio Alfredo di Stéfano pela 28° rodada do campeonato espanhol 2019/2020.
O lateral brasileiro é o maior da atualidade, Marcelo, após o gol marcado, se ajoelhou no gramado com a mão direita estendida para alto, uma forma de protesto contra o racismo e o genocídio da população negra.
Não é a primeira vez que o atleta se posiciona politicamente contra os ataques aos negros. No início do ano, Marcelo, postou em suas redes sociais uma foto com o seguinte título “vidas negras importam”.
Por diversos países, atletas como Marcelo, mostraram seu posicionamento contra a polícia, uma ferramenta programada para exterminar pobres e negros por todo o mundo.
Na Alemanha jogadores do Borussia Dortmund, que retornaram as atividades, mostraram camisetas pedindo justiça no caso do negro, George Floyd, morto pela polícia nos EUA, Weston McKennie, jogador norte-americano do Schalke 04, carregava uma braçadeira também pedindo justiça para Floyd. O jogador também ressaltou que “vidas negras importam”.
Não é verdade que os jogadores sejam robôs controlados pelos capitalistas que decidem o que podem ou não podem falar. Os jogadores têm posição política, essa posição vem de encontro uma política de esquerda, seguindo os anseios da classe trabalhadora, lembrando que jogadores são oriundos da classe operária.
A posição de Marcelo, melhor lateral do mundo, coloca em xeque a campanha contra os jogadores brasileiros. A imprensa capitalista é controlada pela burguesia internacional para diminuir o futebol brasileiro e seus atletas, afetando ataques diretos em peças fundamentais no futebol nacional, como Pelé e Neymar.
O papel fundamental dessa campanha é mostrar que os jogadores são peças alienadas que nada sabem sobre questões sociais, econômicas, em geral. Para os meios de comunicação, Federações, CBF, e outras instituições que controlam o futebol em geral, atletas, não devem se manifestar politicamente, apenas jogar futebol e nada mais.
Essa campanha não pode ser permitida pelos jogadores brasileiros. É necessário aos atletas ampliar seus posicionamentos políticos, aproveitar cada brecha dos setores reacionários para mostrar que jogadores fazem parte da luta geral da classe trabalhadora.