Da redação – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou que na manhã de ontem (07), a PM do estado do Maranhão invadiu um de seus assentamentos, no município de João Lisboa, e fez buscas na casa de um militante, bem como na escola do assentamento, “abordando e intimidando os assentados”.
Na nota que o Diário Causa Operária reproduz a seguir, o MST denuncia a política repressiva empregada pela PM no Maranhão, como parte dos ataques que vêm sendo implementados em uma escala substancial contra os camponeses pobres e sem terra especialmente desde a chegada de Jair Bolsonaro à presidência da República.
Nos campos brasileiros já vigora um regime fascista, sob o qual milícias organizadas e pagas por latifundiários – e apoiadas pelo Estado, seja com a atuação de membros das forças de seguranças estatais ou com a complacência da Justiça – estão exterminando os trabalhadores rurais que lutam por um pedaço de terra onde viver e trabalhar. O MST deve receber o apoio dos trabalhadores da cidade e suas organizações, como a CUT e os partidos de esquerda, para levar a cabo a luta contra os latifundiários fascistas, organizando comitês de autodefesa e contra o golpe, em meio à luta geral a nível nacional pela derrubada de Bolsonaro e de todo o regime golpista.
Abaixo, a nota do MST:
Na manhã desta terça-feira, 07, a Polícia Militar do Maranhão invadiu a casa de Arlando Diniz, integrante do MST e presidente da Associação do Assentamento Cipó Cortado e diretor da escola do assentamento.
A comunidade está localizada no município de João Lisboa, sudeste do estado.
A PM também fez buscas pela escola do assentamento em que Diniz trabalha e na comunidade abordando e intimidando os assentados.
Até o momento, as demais lideranças da comunidade e a coordenação regional do MST não foram informadas sobre os motivos da operação.
Para o MST a operação é parte da ofensiva dos grandes latifundiários na região que, alicerçado à política do Governo Federal, perseguem , ameaçam e intimidam os movimentos populares.