Nesta semana, durante discussão sobre a “reforma” da Previdência com a qual o regime golpista quer expropriar mais de R$ 1 trilhão dos trabalhadores brasileiros em favor dos bancos e outros tubarões imperialistas, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), fez uma devida “qualificação” do ministro da Economia Paulo Guedes, ministro da economia, capacho dos golpistas. O deputado petista, ressaltou o avanço do ministro contra os trabalhadores e classificou como “tigrão com os aposentados” e depois afirmou sua subserviência aos banqueiros o chamando de “tchutchuca dos privilegiados”.
Diante do ocorrido a ex-candidata presidencial do PCdoB e, depois, vice da chapa substituta de Lula, encabeçada por Fernando Haddad, Manuela D’Avila , publicou nas redes sociais texto onde afirmava que a provocação feita por Zeca Dirceu, seria uma piada ridícula, uma vez que estaria atacando as mulheres e as classificando como frágeis.
Usando de um suposto discurso feminista, mirando na política confusa das pautas identitárias,
Manuela afirmou que a esquerda que se diz lutar pelos direitos das mulheres não deveriam concordar com o termo usado ou dissemina-lo pelas redes sociais, como tem sido feito e sim censurar a expressão utilizada pelo deputado.
Concretamente a representante do partido que apoiou a eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) – em duas oportunidades – para a presidência da Câmara, se colocou contra o ataque de Zeca Dirceu e do lado do serviçal dos banqueiros e defensor da famigerada reforma da Presidência. Fazendo coro com o ministro e setores da direita que disseram que o ministro que quer roubar dezenas de milhões de brasileiros foi “desrespeitado”.
Por detrás da conversa fiada sobre a terminologia, a questão central é saber se atacar o ministro e sua condição de moleque de recados do sistema financeiro interessa ou não para os trabalhadores e, particularmente, para as mulheres, as maiores vítimas da “reforma” da Previdência.
A conduta distracionista de Manuela, que reflete a política do seu partido de buscar um compromisso (frente ampla) com setores golpistas de nada serve para a defesa dos interesses das mulheres. Representa apenas, mais uma capitulação diante dos golpistas, sob o esfarrapado pretexto de que seria necessário escolher as palavras (a gosto dos identitários) adequadas para, respeitosamente, se dirigir ao canalha que quer promover o maior roubo dos trabalhadores de todos os tempos.
Os golpistas podem agradecer a Manuela. As mulheres e a classe trabalhadora não.