Com a pressão da volta às aulas por parte dos bancos e patrões, o Senado Federal aprovou terça-feira (01) o projeto de lei (PL) 3.892/2020, de autoria da senadora Kátia Abreu (PP-TO).
A PL vai liberar para os estados e municípios as verbas federais emergenciais de enfrentamento à pandemia para adequação das escolas públicas. Uma forma de estar pressionando a volta às aulas.
O texto foi aprovado por 72 votos a favor e nenhum contrário, unindo a famosa frente ampla, mostra como a esquerda pequeno-burguesa está confusa diante da situação, pois irá fingir que uma adequação das escolas, para justificar o retorno.
Nada justifica o retorno, seria preciso construir mais que o dobro de escolas, pois o que já existe é insuficiente e as escolas ficam superlotadas. Por isso, o retorno deve ser realizado somente após o fim da pandemia e com a vacinação em massa de toda a população.
O retorno às aulas não é justificável também por exemplos práticos. O estado do Amazonas, por exemplo, que fez isso há 20 dias, tem mais de 342 professores infectados pelo coronavírus – provavelmente o número está manipulado para menos, como os dados do País como um todo.
O Congresso golpista, com o apoio da esquerda aliada à “frente ampla”, aprovou uma proposta farsesca para forçar a voltas às aulas presenciais, que poderá culminar numa catástrofe, onde alunos, professores, funcionários, bem como seus familiares, podem vir a contrair o COVID-19.
Os governos golpistas e genocidas dos estados e municípios recebem um apoio extra do governo ilegítimo e do Congresso que está a serviço do imperialismo. Os bancos e os patrões estão fazendo a conta de seus lucros: por isso querem reabrir as escolas, pois isso faz girar uma parte da economia. Porém, a reabertura vai custar a vida de milhares de pessoas – isso, no entanto, é o de menos para o governo e seus patrões capitalistas.
É preciso que os professores organizem a reação, é preciso chamar um ato nacional da educação, com assembleias regionais para iniciar uma greve da educação. Somente a mobilização da categoria pode barrar a reabertura das escolas. Os professores do Amazonas iniciaram a greve no dia 1º de setembro. Os professores dos outros estados, no entanto, devem agir antes que sejam retomadas as aulas para evitar qualquer contaminação. À greve!