Após mais um compromisso de sua campanha antecipada, o tucano Geraldo Alckmin declarou, em entrevista para o jornal O Globo, que Jair Bolsonaro seria seu “adversário ideal” no segundo turno das eleições.
O ex-governador tucano disse também que vai lançar um movimento chamado “centro democrático”, para fazer uma “frente” com lideranças de diversos partidos para as eleições.
A manobra é exatamente a mesma que foi aplicada na eleição francesa. Por lá, Marine Le Pen, candidata de extrema-direita, foi usada como espantalho em um segundo turno com o candidato “biônico” do imperialismo Emannuel Macron.
O presidente francês, que formou seu partido às vésperas das eleições em um balaio de gatos com figuras improvisadas de diversos setores políticos, ganhou por conta do argumento do “mal menor”, pintando Le Pen como o diabo na Terra e se colocando como única alternativa razoável diante da situação. A história está diante de nossos olhos. Representante da ala dominante do imperialismo, ele foi eleito, segue atacando duramente os trabalhadores, inclusive com medidas fascistas, e a crise continua.
Alckmin e os tucanos planejam fazer a mesmíssima manobra por aqui. Afinal de contas, nenhum brasileiro em sã consciência colocaria o país na mão do “picolé de chu-chu”, portanto é preciso um grande esquema eleitoral, envolvendo a imprensa burguesa e a articulação entre partidos de direita, para se vender como candidato legítimo.