O governo no Equador anunciou ontem, a interrupção das atividades em três refinarias situadas no nordeste do país devido a ocupação de manifestantes. A informação foi dada pelo ministro de Energia e Recursos Naturais Não Renováveis do Equador, Carlos Pérez García, através de sua conta no Twitter.
O ministro informou que a interrupção das refinarias nas províncias de Orellana e Sucumbíos ,afeta 12 % da produção total do país. Vários poços foram interrompidos, e no total dão 63 250 barris por dia.
Essas paralisações acontecem em decorrência de cinco dias consecutivos de intensas mobilizações contra o governo de Lênin Moreno, logo após a decisão do governo de retirar os subsídios no preço dos combustíveis que tiveram um reajuste de 120% logo após a decisão.
O governo tem respondido com forte repressão do exército e da policia contra a população. Até agora são 14 mortos e 477 detentos pelo governo.
A situação obrigou o governo a mudar sua capital, saindo de Quito para Guaiaquil.
Os ataques de Moreno a população equatoriana estão sendo respondidos a altura. O exemplo do Equador deve ser seguido e usado como resposta para aqueles que, no Brasil, apontam as eleições de 2022 como solução para os problemas.
Lenin Moreno elegeu-se surfando na onda de Rafael Correa, ex-presidente do país cuja política muito se assemelhava a de Dilma e Lula. Agora Correa está sendo perseguido pelo membro de seu partido eleito com sua ajuda. uma demonstração de depositar esperança nas eleições, sem a participação de Lula, no fim do mandato de Bolsonaro, podem surtir o mesmo efeito, pois nada do golpe terá sido derrotado, e um candidato traidor comandado pelo imperialismo pode muito bem aparecer para confundir a população.