Entidades estudantis de São Paulo, liderados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) fizeram na tarde desta quarta-feira (26) um ato em frente a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) contra o projeto de lei 529/20, do governador fascista João Doria (PSDB), que propõe cortes de na educação estadual da ordem de R$10 bilhões em 2021, que pode absorver a sobra do caixa das universidades públicas do estado e da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp).
Segundo o cínico governador tucano, ele enviou à Alesp projeto para conter rombo de R$10 bilhões em 2021 com previsão de destinar recursos de universidades e da Fapesp para o Tesouro. Segundo as entidades estudantis, a proposta vai paralisar pesquisas importantes sobre a Covid-19 no estado.
O corte de verbas para as pesquisas envolvendo o coronavírus foi um alerta feito por especialistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp). Dentre as propostas apresentadas pelo governo no PL 529/20, uma delas prevê que o superávit de fundos, autarquias e fundações existentes sejam direcionados ao Tesouro (a conta única do estado).
Se implementada, a medida impactaria diretamente os fundos da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com a transferência de reservas de caixa dessas instituições, que já estavam empenhadas e destinadas a bolsas e estudos em diversas áreas.
Empresas incluídas no projeto de destruição chamado ”reforma” do governo:
– Fundação Parque Zoológico de São Paulo
– Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (FURP);
– Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP);
– Instituto Florestal;
– Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU);
– Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S. A. (EMTU/SP);
– Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN);
– Instituto de Medicina Social e de Criminologia (IMESC);
– Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP);
– Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” (ITESP);
A tarefa da Juventude
É preciso destacar que ir às ruas neste momento é uma coisa positiva mas a UNE precisa convocar estudantes a participarem das mobilizações. Os atos precisam ser maiores. Não meramente ”simbólicos” e sim atos monstros, com centenas de milhares de estudantes nas ruas para parar os ataques.
A juventude brasileira tradicionalmente, historicamente foi uma grande impulsionadora de atos contra a direita. No final dos anos 70, foram as mobilizações estudantis junto com a dos operários que ajudaram a construir um processo de decomposição da ditadura que durou duas décadas (1964-1985).
O fim do atual regime ditatorial, iniciado pós golpe de estado em 2016, passa pelas mobilizações de ruas, com os estudantes numa frente única de esquerda contra o fascismo e a burguesia golpista de conjunto.
Fora Bolsonaro nas ruas!