Na última terça-feira (19), foi realizado mais um ato no Terminal Santo Antônio, região central da cidade de Sorocaba. “Fora Bolsonaro”, dizia a faixa e gritos, que foram o maior destaque.
Quinzenalmente, ou ao menos uma vez por mês o Terminal foi palco de manifestações cada vez maiores de militantes exigindo a liberdade de Lula. Os atos locais, como também os mutirões pela anulação dos processos contra o Lula em feiras e universidades semanalmente organizados pelo PCO somaram-se às mobilizações nacionais em Curitiba e pressionaram significativamente a direita.
Entretanto, como estamos assistindo na Bolívia o momento não é do imperialismo recuar. Dia 20 de outubro a direita permite que a eleição ocorra normalmente e assim Evo Morales vence no primeiro turno, vinte dias depois, dia 10 de novembro, os golpistas imperialistas em menos de 24 horas assumem o poder na Bolívia, mostrando que já haviam traçado planos desde muito antes da votação.
Não é possível garantir Lula livre com Bolsonaro e todos os golpistas no poder. Os mesmos que conspiraram contra Lula ainda estão no controle do regime político. E aguardar até 2022 é dar tempo mais que suficiente para que o Brasil atinja um aprofundamento do golpe de estado como está ocorrendo na Bolívia.
A população tem isso muito claro. Muitos passaram no Terminal vibrando com a faixa escrita “Fora Bolsonaro”, “Liberdade para Lula”. Mostrando a continuidade da luta e como as duas pautas estão totalmente ligadas.
Secundaristas saíram juntos em peso das escolas e ao se depararem com a faixa e companheiros bradando “Fora Bolsonaro” entraram em euforia e começaram a gritar o mesmo hit cantado desde o carnaval até o Rock In Rio de “ei Bolsonaro vai…”. As manifestações da juventude são um termômetro importante da situação política. Os jovens têm menos preconceitos políticos e consequentemente expressam com menos filtros o que pensam.
“Fora Bolsonaro”, “Eleições Gerais Já”, juntamente com a anulação dos processos contra Lula para que ele possa ser candidato nas eleições gerais são reivindicações do momento para que a luta possa avançar e garantir a já conquistada liberdade de Lula.
Para essas reivindicações se concretizarem é preciso um movimento nacional organizado que venha de baixo, da população, dos sindicatos, da juventude. O estopim desse planejamento já tem data marcada: dias 14 e 15 de dezembro em São Paulo capital acontecerá a II Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe e o Fascismo. É o único evento programado para organizar a luta popular contra o golpe de Estado.