Um dos sambas-enredo concorrentes da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira fala sobre a volta de jesus em um mundo de intolerância, citando várias pessoas que foram assassinadas por motivos de intolerância e repressão.
A música se inicia com uma frase dita pelo ex-presidente Lula: “Uma ideia não se prende, sobrevive” mostrando um tom de apoio à Lula
Em outra parte, a música fala sobre Kayllane Campos citando o verso “Chorou, ao ser Kayllanes apedrejadas”, Kayllane é neta de uma mãe de santo no Rio de Janeiro e tinha somente 11 anos de idade quando foi apedrejada por fanáticos religiosos, por vestir roupas típicas do candomblé.
A música fala também do índio Galdino, que foi assassinado, queimado vivo, em um ponto de ônibus em Brasília
O pedreiro Amarildo também está presente na música, morador da rocinha sequestrado e assassinado covardemente pela Polícia Militar em 2013 E também fala sobre Chico Mendes, sindicalista, ambientalista e ativista político assassinado.
A letra da música mostra em si, um tom de descontentamento com toda a repressão, intolerância e assassinatos (todos incentivados pelo presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro) e também um apoio às reivindicações da esquerda e da luta pela liberdade de Lula.
O samba concorrente, que é o samba número 15 , foi composto por Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama e Márcio Bola. Domênico é um dos compositores do atual samba campeão da Mangueira no Carnaval 2019. Além de compositor, ele é trabalhador dos Correios.