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O silêncio sobre o fascismo

Major candidata de Rui Costa lava as mãos sobre agressões da PM

Rui Costa da Bahia tira do bolso (do bolso do colete militar) alguém com expressão zero de lutas populares para apresentar como alternativa à sucessão num município da Bahia

Em 1986, Brizola não ‘conseguiu’ eleger Darci Ribeiro seu sucessor e, quando foi “apoiar” Lula disse que a elite brasileira teria que engolir o Lula, o “sapo barbudo”. Nos bastidores corria a boca pequena que Brizola nunca quis fazer qualquer outra liderança senão a dele própria.

Eram aqueles apoios que Stalin fazia com o cálculo preciso de “pero no mucho”, a ponto que não possam ganhar.

Agora, Rui Costa da Bahia tira do bolso (do bolso do colete militar) alguém com expressão zero de lutas populares para apresentar como alternativa à sucessão num município cujo controle administrativo virou sinônimo de ACM Neto e seu grupo. Da aliança com ACM Neto e Rui Costa há muito já se faz conta e, de todos é conhecida.

A escolhida pelo governador Rui Costa (PT) e pelo senador Jaques Wagner (PT), porém ainda não confirmada oficialmente para disputar a Prefeitura de Salvador, a Policial, Major Denice Santiago não passou no primeiro teste: evita comentar a brutalidade da PM em Paripe: ‘Militarismo tem as suas regras’.

Um caso típico de abordagem fascista com chutes no rosto. Denice Santiago evitou, em entrevista ao site Política Livre na manhã desta quarta-feira (5), comentar o caso do adolescente que foi agredido por um policial militar durante uma abordagem no bairro de Paripe.

Chamar de ‘abordagem’ a ação, ocorrida no último domingo (2), já é um eufemismo. A truculência foi filmada por um dos moradores e acabou viralizando nas redes sociais. Diante da revolta da população o comandante-geral da Polícia Militar (PM), Anselmo Brandão, já disse que o soldado envolvido um dia vai ser punido, talvez, no final das investigações.

A entrevista ao Política Livre, Denice preferiu não comentar o episódio. “Eu não posso falar. Eu prefiro não comentar. O militarismo tem as suas regras. Eu não posso falar porque o comandante-geral já falou. Ele fala pela corporação”, contou.

De outro lado, o padrinho de Denice, o governador Rui Costa (PT), justifica sua posição com relação à sucessão municipal e diz que decidiu escolher uma candidata, conforme suas próprias palavras, mulher, negra e pobre, para disputar a Prefeitura de Salvador.

Nota-se em relação a figura de Denice Santiago, major da PM, que parece ser realmente uma boa mulher, a escolha, porque tardia, está longe de livrar o governador da acusação, dirigida a ele principalmente pelos aliados, de estar incorrendo num arranjo de última hora, sobre cujo sucesso eleitoral paira enorme desconfiança. De fato se a escolha não se liga a uma mulher sem terra, por exemplo, mas, alguém ligada ao aparelho de repressão dos trabalhadores. A quem quer então quer enganar o Governador petista?

O gosto de encher o aparelho de Estado com militares não se restringe a Bolsonaro. Rui Costa também defendeu que seu grupo vá para as eleições na capital baiana com três candidaturas. Além da Major da PM, “Tenho conversado com partido aliados, tenho defendido que tenhamos duas ou três candidaturas para que a população tenha a opção de escolher. Temos Sargento Isidório (Avante) liderando as pesquisas que eu vi, temos outros nomes que colocaram candidaturas, como Angelo Coronel (PSD), Bacelar (Podemos), Niltinho (PP),Olívia Santana (PCdoB). Temos vários nomes de homens e um de uma mulher, que é Olívia e que pode ocupar mais uma vaga. E pode ter outra vaga que pode ser ocupada pelo PT”, explicou o petista em entrevista à Rádio Sociedade.

A classe trabalhadora deve se unir em torno de trabalhadores de luta e não empoderar militares cuja função tem sido a mais dura repressão sobre negros, mulheres, trabalhadores e desempregados.

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