A equipe econômica do governo de Bolsonaro reduziu (mais uma vez), a estimativa do crescimento da Economia brasileira de 2,4% para 2,1% para o ano de 2020.
Impulsionados pela crise mundial que vem sendo causada pelo corona vírus, além da desvalorização do preço do barril do petróleo, o governo tenta camuflar o desastre que vem sendo as políticas econômicas praticadas pelo mesmo desde o começo do mandato de Jair Bolsonaro. Mesmo com a redução das estimativas, o governo ainda cria falsas expectativas no mercado financeiro e no seu eleitorado, já que as estimativas divergem de outros dados, como por exemplo, do Banco Central, que estima que a economia brasileira deva crescer 1,99% e também do UBS, que cortou de 2,1% para 1,3% as perspectivas de crescimento econômico do Brasil para este ano. A dificuldade do crescimento econômico brasileiro se deve principalmente pelas políticas econômicas adotas que ao invés de buscarem distribuição de renda e criação de empregos, só trouxeram cortes de direitos e de benefícios para a grande camada da população que faz a economia realmente progredir, que são os trabalhadores, deixando claro como as políticas da direita são ineficientes e beneficiam camadas mínimas da sociedade capitalista.
Apesar do cenário cada vez mais caótico, não é a primeira vez que o governo de Bolsonaro recua nas estimativas de crescimento econômico. Em maio de 2019, a estimativa de crescimento era de 1,6%, que acabou sendo recuado para apenas 0,81% no mês de julho do mesmo ano, inclusive, na mesma época, antes mesmo de corona vírus e crise do petróleo, as estimativas para 2020 já não eram promissoras, pois passaram de 2,5%, para 2,2% de crescimento anual, não muito diferente dos dados que foram apresentados agora, mostrando que a ineficiência das políticas econômicas da direita são crônicas.
Estes recuos de estimativas do crescimento da economia não são exclusivos do governo Bolsonaro, mas sim de todos os governos de direita, como exemplo no governo Temer, logo após o golpe, onde as estimativas do governo em novembro de 2016 eram negativas de -3% e caíram para -3,5% naquele ano, e também recuaram para o ano seguinte, 2017, passando de 1,6% para 1% de crescimento.
Escondidos atrás de acontecimentos como a necessidade da aprovação da reforma da previdência, teto de gastos, reforma trabalhista, corona vírus, crise petroleira, os governos de direita brasileiros durante os últimos anos tentam ocultar o fracasso de suas políticas econômicas no Brasil e também tentam esconder a grande crise capitalista em que o mundo se encontra.
Cortes de gastos
Como já era esperado, o governo planeja na próxima semana anunciar cortes nos gastos do governo, já que a estimativa de crescimento diminuiu, o que para o governo representa menor arrecadação e consequentemente quem precisa pagar a conta mais uma vez pela ineficiência do governo são os trabalhadores, que já vem carregando este fardo com perca de direitos, restrição de benefícios e acesso á serviços básicos como saúde, educação, moradia.
As grandes massas precisam se organizarem para defenderem seus direitos perante o governo liberal que só perpetua a pobreza e a desigualdade econômica pela população, os trabalhadores não podem e nem devem pagar a conta para que a grande burguesia continue intacta diante da crise incurável do capitalismo.